A irmã de Ricardo Salgado não vende bolos, mas tem uma especialidade, que faz para os netos - bolo de chocolate
Uma amiga com quem joga bridge na Internet deu-lhe a notícia, outro amigo fez a provocação fácil. "Queres vender-me uns bolinhos? Devem ser óptimos!" Mary ri-se, não dá demasiada importância ao que considera uma "parvoíce". A irmã mais velha de Ricardo Salgado recebe a SÁBADO com uns ténis Nike, sola cor-de-rosa, e mostra as duas salas do ateliê de restauro onde há dois anos passa grande parte dos dias – acaba de arrendar o espaço mais próximo da entrada à filha Maria, que ali vai dar aulas de ioga (é advogada, mas não exerce). Nos panfletos dos seus workshops, Mary (Maria no BI, por imposição do registo) tem o nome, email e número de telemóvel. Apresenta-se sempre como Espírito Santo, mas admite que algumas pessoas – poucas – se afastaram dela desde que começou a crise no Grupo. Outra crise, a do País, fê-la perder alunos, mas nem por isso, garante, passou a fazer bolos à noite para vender em restaurantes, como disse o empresário Pedro Queiroz Pereira na comissão de inquérito ao BES, no dia 10. Mais do que de bolos – e até tem uma especialidade, o de chocolate – quer falar da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva. Diz que precisa de ser restruturada, que tem gente a mais e que o actual presidente é um "mandrião". Se ele sair, até volta a trabalhar lá. E de graça.
Mary Salgado: "Se tivesse de fazer bolos para fora fazia. Mas não faço"
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
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Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.