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Supermercados e Super Bock respondem a acusação da Concorrência

22 de março de 2019 às 20:18

A Concorrência alega que os visados encetaram práticas para "alinhamento dos preços de venda ao consumidor, em três processos distintos".

A Concorrência alega, em comunicado, que os visados encetaram práticas para "alinhamento dos preços de venda ao consumidor, em três processos distintos" que envolvem ainda a Sociedades Central de Cervejas, Super Bock e PrimeDrinks.

O regulador concluiu que, após investigação, "existem indícios de que as cadeias de supermercados Modelo Continente, Pingo Doce, Auchan e Intermarché utilizaram o relacionamento comercial com os fornecedores Sociedade Central de Cervejas e Super Bock para alinharem os preços de venda ao público (PVP) dos principais produtos daquelas empresas, como cervejas, águas com sabores, refrigerantes, entre outros, em prejuízo dos consumidores".

O Pingo Doce, cadeia de supermercados detida pela Jerónimo Martins, disse hoje que "repudia" acusações de "práticas equivalentes a cartel" reveladas pela Autoridade da Concorrência (AdC).

Fonte oficial do Pingo Doce disse à agência Lusa que a empresa iria "analisar" os termos na notificação da AdC e "usar do direito de resposta, a seu tempo".

"Desde já, queremos salientar que repudiamos a acusação que nos é dirigida, na medida em que trabalhamos diariamente para levar até aos consumidores portugueses as melhores oportunidades de preço e promoções, e os maiores descontos", garante a mesma fonte.

O Pingo Doce considera que "no geral, os consumidores portugueses são muito inteligentes nas suas estratégias de compra, muito sensíveis ao preço e compreendem com muita facilidade as mecânicas promocionais exatamente pelo elevado nível de concorrência que caracteriza o setor do retalho alimentar em Portugal".

A Auchan Retail Portugal, dona do Jumbo, rejeita as acusações de "práticas equivalentes a cartel", reveladas hoje pela Autoridade da Concorrência (AdC), e adianta que vai "apresentar contestação".

Em resposta a perguntas da agência Lusa, fonte oficial do grupo confirmou que tinha sido notificado pelo regulador, adiantando que irá "apresentar contestação".

"As nossas práticas não configuram os atos ilícitos imputados", garantiu, referindo que "são assegurados internamente todos os processos de controlo a fim de evitar qualquer tipo de prática deste tipo, mesmo que negligente".

O Super Bock Group considera que houve uma "errada interpretação dos factos" que conduziu à acusação de "práticas equivalentes a cartel" reveladas hoje pela Autoridade da Concorrência (AdC).

Em comunicado, a cervejeira referiu que "a posição hoje expressa pela AdC é meramente preliminar, não leva ainda em consideração a posição da empresa e não corresponde a uma decisão final".

A mesma nota salienta que "a empresa apresentará agora a sua defesa por escrito, contextualizando devidamente o que considera ser uma errada interpretação dos factos por parte da AdC".

O grupo garante que "pauta o seu comportamento pelo estrito cumprimento da lei, incluindo as regras de concorrência e adota as melhores práticas em cooperação com os seus parceiros, implementando medidas sustentáveis e equilibradas em prol da satisfação do consumidor", e recorda que "o setor cervejeiro/bebidas refrescantes é praticante regular de forte atividade promocional, ampliando o benefício do consumidor na aquisição destes produtos".

O Super Bock Group (antiga Unicer) diz ainda que "continuará assim e como sempre, a colaborar com as entidades competentes, no sentido de esclarecer a verdade e assegurar o bom nome e reputação".

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