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Salários médios sobem 3,2% no ano da pandemia

Jornal de Negócios 13 de maio de 2021 às 12:18

No ano da pandemia, destruição dos empregos mais mal pagos explica aumento do salário médio. Segundo o INE, a remuneração mensal bruta média dos trabalhadores subiu 3,2%, para 1.014 euros.

A remuneração mensal bruta média dos trabalhadores subiu 3,2% no ano da pandemia, quando comparando com o ano anterior, divulgou o INE, nesta quinta-feira, 13 de maio. 

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a remuneração mensal média foi de 1.014 euros por trabalhador entre março do ano passado e fevereiro deste ano, mais 3,2% do que no ano pré-pandemia.

No entanto, como explica o INE, "o comportamento da remuneração base mensal média por trabalhador foi influenciado pela composição da força de trabalho, cuja diminuição ocorreu principalmente entre os trabalhadores de remunerações mais baixas". Ou seja, como foram destruídos os empregos mais mal pagos, isso fez aumentar a média.

Segundo o INE, o número de trabalhadores caiu 1,9% nos 12 meses da pandemia, para cerca de 4,102 milhões, uma diminuição que foi observada nos dois grupos de empresas, tendo sido superior nas empresas que recorreram ao lay-off (2,6% contra 1% das que não recorreram ao mecanismo).

Além disso, no ano de pandemia, o volume mensal médio de remunerações base pagas aumentou menos do que no ano anterior (1,3% contra 6,2%), devido sobretudo às empresas que recorreram ao lay-off. Nestas empresas, o bolo de salários pagos diminuiu 0,3%. Já as empresas que não recorreram a este mecanismo observaram um aumento ligeiramente abaixo do ano pré-pandemia (3,3% contra 3,5%). 

Estes fatores explicam, assim, não só o aumento de 3,2% da remuneração base mensal média por trabalhador, como a subida superior da remuneração base entre as empresas que não recorreram ao lay-off (4%) do que o crescimento verificado entre as empresas que acederam ao mecanismo (2,3%), para 1.192 euros e 891 euros, respetivamente.

Salário bruto mensal subiu 2,7% em termos reais

Já no ano terminado em março, a remuneração bruta mensal média por trabalhador (posto de trabalho) aumentou 3,1%, para 1.227 euros. A componente regular
daquela remuneração aumentou 3,6% e a remuneração base subiu 3,8%, atingindo, respetivamente, 1.106 e 1.041 euros.

Em termos reais, ou seja, descontando a inflação que, em março, avançou 0,4%, os salários brutos médios por trabalhador aumentaram 2,7%.

Estes resultados dizem respeito a cerca 4,1 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa
Geral de Aposentações. Recorde-se que o INE trabalha com os dados entregues pelas empresas e pela Administração Pública àquelas entidades. 

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