Secções
Entrar

PCP acusa ministro Schäuble de querer acabar com o Governo

16 de março de 2017 às 21:08

O secretário-geral do PCP acusou hoje o ministro das Finanças alemão de "levantar o espantalho" de um novo resgate a Portugal com o objectivo de "acabar rapidamente" com a solução governativa que "permitiu repor direitos e rendimentos"

O secretário-geral do PCP acusou hoje o ministro das Finanças alemão de "levantar o espantalho" de um novo resgate a Portugal com o objectivo de "acabar rapidamente" com a solução governativa que "permitiu repor direitos e rendimentos".

Em Braga, para o acto público de apresentação dos candidatos aos órgãos autárquicos do concelho, Jerónimo de Sousa voltou a defender que Portugal tem que se libertar das politicas "opressoras do desenvolvimento nacional" de que é exemplo "fundamentalismo neoliberal e monetarista" de Schäuble".

"Ainda ontem [quarta-feira], mais uma vez, o senhor Schäuble, o ministro das Finanças alemão, veio levantar pela terceira vez o espantalho de um novo resgate. Ele tem um objectivo: acabar rapidamente com a solução que permitiu repor direitos e rendimentos, apesar de estarmos aquém do que se impunha e é necessário", acusou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista respondeu, assim, ao ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que disse na quarta-feira que Portugal se deve certificar de que "não precisa" de um novo resgate e lembrou que a pressão imposta pelos planos de resgate "funcionou bem".

"Certifiquem-se de que não precisam de resgate", disse o ministro alemão, numa conferência de imprensa em Berlim, citado pela agência financeira Bloomberg.

Para o líder comunista, "todo este comportamento só mostra que Portugal precisa de romper com o cerco que lhe impõem e de uma política que liberte o país dos constrangimentos que o sufocam e o bloqueiam e que têm no fundamentalismo neoliberal e monetarista do senhor Schäuble um exemplo acabado dessa política opressora do desenvolvimento nacional".

Num discurso marcado pela defesa da regionalização, Jerónimo de Sousa deixou ainda dúvidas sobre a legislação que o PS afirmou estar a preparar sobre as carreiras contributivas, com a qual os socialistas justificaram a rejeição da proposta do PCP, em 2016.

"Vamos ver, vamos ver", disse, assegurando que o PSP reafirmou o "inteiro compromisso de continuar a lutar para que todos os trabalhadores com 40 e mais anos de descontos para a segurança social, independentemente da idade, tenham direito à pensão de velhice sem penalizações".

A cerimónia ficou ainda marcada por alguns minutos de escuridão devido a uma falha geral de electricidade, que Jerónimo de Sousa aproveitou para fazer um paralelismo com o momento político autárquico em Braga, e não só.

"Há momentos de escuridão, mas a luz vence", ironizou, reafirmando a necessidade de a CDU reforçar a sua presença nos órgãos autárquicos nacionais

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela