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Mudanças em empresas como a PT não se fazem sem suportar incompreensões

09 de julho de 2015 às 20:04

O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse esta quinta-feira que a PT Portugal está em mudança, um processo que não se pode fazer "sem suportar muitas incompreensões e muita intriga"

O ministro da Economia, António Pires de Lima, disse hoje que a PT Portugal está em mudança, um processo que não se pode fazer "sem suportar muitas incompreensões e muita intriga".

Pires de Lima, que falava no lançamento do programa Economia Digital da operadora para a "digitalização de todas as empresas em Portugal", sublinhou que a PT Portugal é uma grande empresa, que deverá tornar-se ainda mais competitiva, mas que "precisa de adaptar a sua cultura a um mercado aberto e competitivo".

"É uma mudança que não se faz sem se suportar muitas incompreensões, muita intriga, muito falar, falar, muitas notícias completamente infundadas, eu já vivi tudo isso", disse o actual ministro, que foi gestor antes de ser governante.

Pires de Lima começou a sua intervenção com uma mensagem de boas-vindas à nova administração e equipa executiva, nomeadamente ao novo presidente executivo, Paulo Neves, sobre o qual apontou "que não conhecia" até ao momento.

O discurso do ministro centrou-se nas mudanças que uma grande empresa tem de passar para se adaptar às exigências do mercado.

"Não é possível assegurar a competitividade de grandes empresas nacionais com culturas de gestão majestáticas num mercado que é cada vez mais concorrencial e competitivo", frisou.

Pires de Lima reforçou que sabe as dificuldades que a mudança de cultura de uma empresa pode acarretar, sobretudo "quando as empresas continuam a ganhar dinheiro e estão convencidas, à sua escala, de que são só as melhores do mundo".

"A competitividade de uma empresa é a primeira missão de responsabilidade social que os acionistas e os gestores têm. Desconfiem sempre dos accionistas e dos gestores que falam da responsabilidade social de uma empresa, mas depois evitam as tarefas difíceis que são necessárias fazer para assegurarem essa competitividade",alertou.

Sobre o futuro da PT Portugal, Pires de Lima deixou um recado: "Foi bom - espero que seja um compromisso que depois se possa comprovar na prática, vamos estar todos muito mais atentos - ver as suas declarações públicas [de Armando Pereira, presidente da administração] de que não vai fazer despedimentos na PT".

O ministro reforçou que a operadora "dá emprego a muita gente e que seguramente agradece poder ter esse sinal de conforto e segurança".

Por sua vez, Armando Pereira salientou no seu discurso que Portugal "pode contar com a PT" e que a operadora "assume o seu compromisso na criação de emprego, no investimento e na inovação".

"Queremos construir todos juntos uma sociedade que permita, principalmente aos mais jovens, encontrar um lugar onde se revejam construtores do seu futuro e donos das suas vidas".

O ministro fez ainda um alerta sobre a responsabilidade social das empresas, afirmando que "a excelência de uma empresa mede-se também pelo cumprimento dos seus compromissos, com pessoas, fornecedores a tempo e horas".

Isto, porque, acrescentou, "falhas e atrasos acabam por implicar perdas de confiança e às vezes afectar vidas de pessoas".

Pires de Lima destacou ainda que os novoscall centers da Guarda e Castelo Branco deverão abrir neste verão.

O encerramento dos discursos foi protagonizado pelo ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, que arrancou a sua intervenção dirigindo-se a Pires de Lima dizendo: "Estava com saudades de te ouvir, estás em forma".

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