Secções
Entrar

Marcelo espera que reivindicações não tenham impacto no Orçamento

20 de novembro de 2017 às 17:36

O Presidente da República afirmou hoje que vai aguardar para ver se as recentes reivindicações de classes profissionais têm impacto no Orçamento do Estado para 2018.

O Presidente da República afirmou hoje que vai aguardar para ver se as recentes reivindicações de classes profissionais têm impacto no Orçamento do Estado para 2018 e prometeu não esquecer este assunto quando analisar a sua promulgação.

No final de uma visita ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o acordo entre o Governo e os professores no que respeita a descongelamento de carreiras com efeitos retroactivos, e sobre reivindicações semelhantes de outras classes profissionais.

"O Presidente da República quer ver primeiro o teor efectivo do que foi acordado, e se tem alguma incidência no Orçamento para 2018. Portanto, não vale a pena antecipar juízos e cálculos - já vi cálculos e montantes muito variados. Vale a pena esperar pela versão definitiva do Orçamento e depois ver efectivamente o que lá ficou", respondeu o chefe de Estado.

"Veremos se alguns processos reivindicativos têm incidência no Orçamento, pode ser que não", reforçou.

Interrogado, depois, se não teme que se tenha aberto a "caixa de Pandora" e que se agrave a contestação social, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: "Ora aí está um tema que, porventura, será bom para o Presidente da República se pronunciar quando tiver de analisar a promulgação do Orçamento. Aí está, fica a sugestão, que acho uma boa sugestão".

"Como eu tenho o hábito de explicar a minha posição sobre os orçamentos, se for caso disso, eu não me esquecerei dessa sugestão", prometeu.

Impacto dos incêndios no Orçamento

O Presidente da República considerou ainda que os portugueses percebem que as medidas de resposta aos incêndios de Junho e de Outubro levem a alterações no Orçamento do Estado para 2018 com incidência no valor do défice.

Questionado sobre o facto de o líder parlamentar do PS, Carlos César, ter estimado que o défice de 2018 aumente de 1% para 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o chefe de Estado respondeu: "Mas, isso não é por causa de nenhuma revindicação social. É por causa de uma situação trágica e os portugueses percebem que era preciso acorrer às tragédias de Junho e de Outubro".

"Isso implicava um conjunto de despesas, de investimentos e de apoios, parte dos quais no Orçamento para 2018. É essa a razão de ser, tanto quanto eu percebo, de o défice passar de 1% para 1,1%", completou.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "faz sentido" haver "incidência das tragédias" dos incêndios no Orçamento do Estado para 2018, conforme o Governo "já assumiu há algum tempo".

"Não se esqueçam que a tragédia com maior amplitude [os incêndios de meio de Outubro] ocorreu depois de entregue a proposta de Orçamento do Estado", frisou.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela