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Governo vai mediar negociações entre BCP e sindicatos sobre aumentos salariais

22 de julho de 2019 às 18:04

Sindicatos exigem a atualização dos vencimentos e das pensões, com efeitos retroativos a janeiro de 2018.

As negociações sobre aumentos salariais noBCPvão ser mediadas pelo Governo, perante o impasse em que se encontram, indicaram em comunicado o Sindicato dos Quadros e Técnicos Bancários, Sindicato dos Bancários do Norte e Sindicato Independente da Banca.

"Nesta nova fase, a DGERT [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho] irá apresentar uma proposta aos sindicatos e ao Millennium BCP, que merecerá uma análise profunda das três organizações sindicais, com vista à defesa dos direitos dos trabalhadores e reformados desta instituição bancária", lê-se no comunicado divulgado esta segunda-feira.

A passagem à fase de negociação, em que o Governo fará mesmo propostas, acontece depois de ter falhado a fase de conciliação, com o banco a recusar as propostas dos sindicatos para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) na fase de conciliação.

A última reunião da fase de concilição aconteceu a semana passada sem acordo e, uma vez que "não chegaram a acordo", os sindicatos decidiram pedir a passagem à fase de negociação, disse o presidente do SBN, Mário Mourão, àLusa.

"Face às propostas em cima da mesa, na fase negociação, a DGERT vai apresentar propostas alternativas", explicou o dirigente sindical.

Segundo o comunicado hoje divulgado, os três sindicatos exigem a atualização dos vencimentos e das pensões, com efeitos retroativos a janeiro de 2018.

Querem um aumento de 2,25%, considerando que só assim igualam o mesmo nível de aumento que houve "no setor bancário no mesmo período em que não se verificam aumentos salariais no BCP, desde 2010".

Os sindicatos têm vincado que não aceitam um "apagão" em 2018.

Já a administração liderada por Miguel Maya, dizem, tem-se mantido "intransigente", argumentando que não tem condiçoes para aumentos de salários e pensões referentes a 2018.

Em maio, durante a assembleia-geral do BCP, em Oeiras, vários sindicatos manifestaram-se contra aquilo que acusam de ser a "estagnação" dos salários no BCP e o impasse nas negociações relativas à revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do banco.

Participaram o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), Sindicato Independente da Banca (SIB) e Sindicato dos Bancários do Norte (SBN), Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI).

O BCP tinha 7.262 trabalhadores em Portugal no final de março.

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