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Governo vai aprovar salário mínimo de 920 euros e aguarda "propostas mais concretas" sobre lei laboral
Ministra do Trabalho afirmou que vai aguardar que os parceiros sociais apresentem "propostas mais concretas" de alteração ao Código do Trabalho. UGT está convencida de que o Governo deixou cair as traves mestras ao garantir "total disponibilidade para negociar".
O Governo vai aprovar esta quarta-feira o aumento do salário mínimo para 920 euros, o valor previsto no acordo de rendimentos, sem o reforço que chegou em setembro a ser pedido pela UGT. No final de uma reunião com uma delegação de dirigentes da central sindical considerada "construtiva" pelas duas partes, Rosário Palma Ramalho indicou, no entanto, que aguarda "propostas mais concretas" dos parceiros sociais sobre lei laboral até à reunião de concertação social marcada para 14 de janeiro.
Maria Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho, em retrato
O Governo manteve sempre total disponibilidade [para negociar]. (...) Da nossa parte, nada mudou.
Rosário Palma Ramalho, ministra do Trabalho
Rosário Palma Ramalho não esclareceu, no entanto, se há
ou não medidas do anteprojeto que não quer deixar cair, ou seja, se prescinde do que tem descrito como "traves mestras" ao diploma. “Hoje não tratámos do conteúdo, definimos uma metodologia de negociação”. “Ou seja, confirmámos a realização da reunião plenária” de concertação social para 14 de janeiro “e até lá a UGT vai-nos apresentar propostas mais concretas”, disse, acrescentando que espera que os restantes parceiros sociais façam o mesmo.
"Estamos dispostos para
aproximar posições”, mas “a medida concreta dessa
aproximação" só se verá em concertação social. Depois, a ministra referiu que o Conselho de Ministros aprova esta quinta-feira o aumento do salário mínimo. "Em cumprimento do acordo tripartido que assinámos no ano passado vai sofrer um aumento de 50 euros relativamente ao atual, passando, portanto, a fixar-se em 920 euros".
Questionada sobre se nas próximas negociações com vista a um eventual acordo sobre lei laboral também entrarão matérias de rendimentos, como as que se referem ao salário mínimo ou às metas para o médio, a governante deixou a questão em aberto. "Neste momento não. Trata-se de cumprir o acordo em vigor que prevê esse aumento. Para a frente o futuro dirá".
Para Mário Mourão, a primeira reunião com a ministra do
Trabalho após a greve geral foi “muito produtiva”, “muito construtiva”, “desbloqueou”
a negociação e “trouxe para a mesa a confiança que é preciso numa
negociação”.
O secretário-geral da UGT entende que o Governo deixou cair
a intenção de manter as traves mestras do anteprojeto já que o que houve,
segundo sublinhou e repetiu, foi “total disponibilidade para negociar”.
“Nós vamos apresentar propostas, mesmo [em relação às medidas]
que possam ser consideradas traves mestras pelo Governo”, e na expectativa
que essas medidas centrais possam ser alteradas, de forma a confirmar a disponibilidade
negocial.
Nós vamos apresentar propostas, mesmo [em relação às medidas] que possam ser consideradas traves mestras pelo Governo.
Mário Mourão, secretário-geral da UGT
E “até sobre matérias
que não estão nesta proposta”, afirmou, sem querer adiantar quais, e remetendo a decisão para o secretariado nacional da UGT, que reúne
esta quinta-feira. A questão da redução do período normal de trabalho ou das
férias, por exemplo, foram sugeridas nos últimos tempos pela UGT.
Questionado pelos jornalistas sobre o que aconteceu às
propostas do anteprojeto que a UGT mais contesta – caso do banco de horas
individual, da possibilidade de outsourcing logo após despedimentos, ou do
alargamento da duração contratos a prazo – Mário Mourão também não deu respostas
concretas.
Se à entrada para a reunião o líder da UGT pedia um
calendário, à saída explicava que não ficou nada definido, além da
confirmação da reunião de concertação social no próximo dia 14 de janeiro. “Não
há nenhum calendário, as reuniões bilaterais podem acontecer a qualquer
momento.”
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