Gerigonça "vai até ao fim da legislatura"
Pedro Nuno Santos diz ainda que próximo objectivo é ter os grandes dossiers do OE2018 bem adiantados até final de Junho
O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, assumiu que o Governo deseja que "os principais dossiês" do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) estejam "bem avançados" até final de Junho. À margem de um debate em Bruxelas sobre a solução governativa em Portugal, que une PS, PCP, Os Verdes e BE, também não escondeu a crença que a geringonça vai até ao final da legislatura.
Depois de a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, ter defendido na terça-feira que "as traves-mestras" do OE2018 devem ser fechadas "bem antes" das eleições autárquicas de 1 de Outubro, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares confirmou que esse é um "objectivo partilhado, um objectivo comum". "Desde o início deste ano que há essa indicação, aliás por parte do primeiro-ministro, que queria que os principais dossiês estivessem avançados no final do primeiro semestre. Portanto, esse é um objectivo partilhado, um objectivo comum", sustentou.
"Sim, esse objectivo já é mais ou menos público, agora passa a ser público. Nós queremos que os principais dossiês estejam bem avançados no final do primeiro semestre deste ano. Esse era um objectivo que nós já tínhamos desde o início do ano e esperamos concretizá-lo", reforçou.
O secretário de Estado disse ainda que o objectivo de "antecipar um processo negocial" com os partidos de esquerda que apoiam o Governo visa apenas "facilitar o trabalho de todos". "Há muito trabalho ainda por fazer, matéria muito complexa, que exige muito trabalho. E portanto, quanto mais depressa melhor", disse.
Na sua intervenção no debate sobre se "a solução governativa de Portugal pode ser uma inspiração para a esquerda europeia", co-organizado pela Fundação Europeia para os Estudos Progressistas (FEPS) e Fundação Res Publica, Pedro Nuno Santos garantiu que a solução portuguesa "funciona" e está a funcionar" e "vai até ao fim" da legislatura. "Vamos até ao fim, isso é certo. Já ninguém duvida da capacidade dos partidos envolvidos para trabalhar em conjunto e garantir estabilidade politica em Portugal", afirmou.
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