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Fórum menos pessismista quanto à quebra da economia no primeiro trimestre

Jornal de Negócios 05 de abril de 2021 às 18:19

O Fórum para a Competitividade reviu em alta a estimativa para a evolução da economia portuguesa, que afinal deverá ter recuado entre 3,5 e 5,5% no primeiro trimestre. Para o segundo trimestre, o Fórum antecipa "alguma recuperação" graças à melhoria da situação pandémica e ao início do desconfinamento.

O Fórum para a Competitividade está menos pessimista quanto ao desempenho da economia portuguesa entre janeiro e março já que a instituição reviu em alta as projeções para o PIB do primeiro trimestre, que terá afinal contraído entre 3,5% e 5,5% face a igual período do ano passado.

ferraz da costa

Esta projeção compara com a quebra homóloga situada entre 5,5% e 8,5% anteriormente estimada pela entidade liderada por Ferraz da Costa. Ora, a contração máxima agora projetada consiste na maior quebra do produto anteriormente estimada pelo Fórum.

No que diz respeito à evolução em cadeia (face ao período anterior em consideração) da economia, o Fórum para a Competitividade antecipa uma contração entre 1% e 3% entre janeiro e março.

Esta revisão em alta é explicada pela melhoria da circunstância pandémica e posterior desconfinamento verificados durante o passado mês de março. No entanto, a quebra económica será inevitável porque, "como seria de esperar, devido ao severo confinamento decretado, os dados de janeiro e fevereiro foram bastante negativos, em particular nas vendas a retalho, serviços e turismo".

O turismo foi especialmente atingido não só por se tratar do setor mais diretamente atingido pelas medidas de forte contenção pandémica, mas também porque o confinamento apertado decidido pelo Governo impediu viagens turísticas no Carnaval e na Páscoa.

A instituição presidida por Ferraz da Costa acredita ainda que o segundo trimestre "deverá ser já de alguma recuperação". E aponta "duas razões" para esta previsão: a evolução favorável da situação pandémica no seguimento do confinado adotado em meados de janeiro e o entretanto iniciado processo de desconfinamento.

Seja como for, o Fórum avisa ser preciso ter em conta um "enquadramento externo [que] é ambivalente". É que sendo certo que, no plano mundial, "em geral, tem havido claras revisões em alta do PIB", no que concerne à Zona Euro tais "efeitos têm sido muito mais limitados ou mesmo inexistentes, havendo mesmo casos, como a Alemanha, de revisões em sentido contrário".

"Aliás, o agravamento das condições da pandemia na União Europeia, em contraciclo do que se passa em Portugal, poderão mesmo ditar novos confinamentos, com impactos claros nas nossas exportações e turismo. Não se pode também pôr de lado uma inversão dos dados sanitários portugueses, que, relembre-se, ainda há apenas dois meses eram dos piores da UE", pode ainda ler-se no relatório divulgado esta segunda-feira pelo Fórum.

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