Secções
Entrar

Covid-19: TAP prolonga lay-off até final de julho porque operacão continua reduzida

25 de junho de 2020 às 22:41

A transportadora aérea recorreu, em 2 de abril, ao programa de lay-off simplificado, disponibilizado pelo Governo como uma das medidas de apoio às empresas que sofrem os efeitos da pandemia.

A TAP vai prolongar o 'lay-off' até final de julho, justificando a decisão com o facto de a sua operação continuar reduzida, anunciou hoje ao mercado a companhia aérea.

"Considerando a evolução das restrições à mobilidade das pessoas, a cada momento definidas pelas autoridades governamentais dos países onde a TAP opera, bem como dos sinais de procura, a operação da TAP para o mês de julho permanece reduzida, pelo que se verifica que as condições que motivaram a adesão e a subsequente prorrogação das medidas excecionais e temporárias não se alteraram significativamente", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Neste contexto, "o Conselho de Administração da TAP entendeu prorrogar a aplicação das medidas de suspensão temporária da prestação de trabalho e de redução do período normal de trabalho por um período suplementar de 30 dias, até 31 de julho de 2020, de acordo com a prorrogação excecional fixadanos termos do Decreto-Lei n.º 27-B/2020, de 19 de junho", diploma que prorroga o apoio extraordinário à manutenção dos contratos de trabalho em situação de crise empresarial e cria outras medidas de proteção ao emprego, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social (PEES).

"Estas medidas específicas somam-se às já anunciadas iniciativas de controle e de redução de custos, incluindo a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos, renegociação de contratos e prazos de pagamento, corte de despesas acessórias, suspensão de contratações de novos trabalhadores e de progressões e a implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias, as quais continuam a ser implementadas", acrescenta a transportadora no comunicado.

A TAP recorreu, em 02 de abril, ao programa de 'lay-off' simplificado, disponibilizado pelo Governo como uma das medidas de apoio às empresas que sofrem os efeitos da pandemia de covid-19.

O Governo aprovou em 18 de junho a prorrogação por um mês do 'lay-off' simplificado, até final de julho, e novos apoios à retoma da atividade que estarão em vigor a partir de agosto e até final do ano.

O 'lay-off' simplificado, que prevê a suspensão do contrato de trabalho ou a redução do horário de trabalho e o pagamento de dois terços da remuneração normal ilíquida, financiada em 70% pela Segurança Social e em 30% pela empresa, terminava inicialmente em junho, mas foi prorrogado até final de julho.

Na última terça-feira, o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, anunciou que a transportadora aérea ia aderir em julho ao novo modelo de 'lay-off' anunciado pelo Governo.

"O Estado já divulgou o novo plano de 'lay-off'. A gente vai aderir a esse novo plano", disse o responsável da transportadora, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, em Lisboa.

A companhia está numa situação financeira agravada desde o início da crise provocada pela pandemia de covid-19, com a operação paralisada quase na totalidade, e vai receber uma injeção de capital que pode chegar aos 1.200 milhões de euros.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela