Secções
Entrar

Covid-19: Associação quer que restauração tenha exclusividade na venda de refeições

16 de janeiro de 2021 às 20:45

Associação PRO.VAR compara intenção com a medida de limitação de venda de alguns artigos nos supermercados.

A associação PRO.VAR, que representa a restauração, quer que o setor tenha exclusividade na venda de refeições, referindo em comparação a limitação de venda de alguns artigos nos supermercados.

"A PRO.VAR vai pedir ao Governo que crie uma regulamentação, bem à semelhança do que irá acontecer aos supermercados, na limitação de venda de alguns artigos, pedindo que se proíba a venda de refeições prontas fora dos espaços de restauração que estejam devidamente autorizados para a sua confeção", lê-se num comunicado enviado às redações.

Em causa estão não só os supermercados com serviço de 'take-away', mas também cafés e pastelarias, que não deveriam confecionar refeições, e até talhos e bombas de gasolina, explicou à Lusa o presidente da associação.

"Numa situação em que a restauração está sujeita a uma restrição tal que é esta de não poder trabalhar, não poder abrir a sala, confronta-se aqui com um problema grave", sublinhou Daniel Serra.

Para o presidente da PRO.VAR, a situação já era grave antes da pandemia da covid-19, sobretudo em relação aos supermercados, que desde que estabeleceram serviços de refeições 'take-away' passaram a representar uma concorrência desleal ao setor da restauração.

O problema agravou-se com as medidas restritivas impostas para combater a pandemia da covid-19, com outros espaços a readaptarem-se e passarem também a disponibilizar esse serviço.

"Isso denota aqui uma oportunidade de negócio que estão a aproveitar, mas que no fundo é um ganho acrescido que podia ser dado à restauração, e isso é uma injustiça muito grande quando a restauração está a lutar por sobreviver, e vê aqui todo um conjunto de empresas a aproveitarem-se disso", lamentou Daniel Serra.

A situação é caracterizada pela associação como "a maior agressão alguma vez feita ao setor da restauração" e uma "anarquia total", em que "tudo virou restaurante".

A isto, acresce ainda a insuficiência de apoios do Estado face às perdas que os restaurantes têm enfrentado nos últimos meses.

No novo confinamento geral, que entrou em vigor às 00:00 de sexta-feira, os restaurantes e cafés funcionam exclusivamente para efeitos de atividade de confeção destinada a consumo fora do estabelecimento, através de entrega ao domicílio ou 'take-away'.

Na quinta-feira, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou que os supermercados e hipermercados vão ficar impedidos, a partir da próxima semana, de vender artigos não alimentares, como roupa, livros e objetos de decoração, ou seja, artigos vendidos em lojas que foram obrigadas a encerrar no novo confinamento.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela