Secções
Entrar

Companhia aérea KLM suprime até 5 mil postos de trabalho até final de 2021

31 de julho de 2020 às 10:28

Companhia aérea holandesa tenciona cortar postos de trabalho para "se adaptar à nova realidade" deixada pela crise "sem precedentes" em que foi mergulhada pela pandemia de Covid-19.

A companhia aérea holandesa KLM confirmou hoje que tenciona cortar até 5.000 postos de trabalho até 2021 para "se adaptar à nova realidade" deixada pela crise "sem precedentes" em que foi mergulhada pela pandemia.

Num comunicado, a empresa holandesa explica que a redução do pessoal será feita de diferentes formas, incluindo a não renovação de contratos temporários (1.500 postos de trabalho) e um esquema que promove a saída voluntária da empresa (que espera cerca de 2.000 empregados), além de 500 aposentações que não serão substituídas.

O despedimento direto ameaça os empregos de aproximadamente 1.500 trabalhadores, incluindo 500 empregos entre o pessoal de terra, 300 entre o pessoal de cabine, 300 pilotos e cerca de 500 empregos na subsidiária holandesa do grupo Air France-KLM.

"A KLM encontra-se numa crise de magnitude sem precedentes. Desde o início da covid-19, já foram tomadas numerosas medidas para lidar com a situação atual. A perspetiva é que o caminho para a recuperação será longo e cheio de incertezas. Isto significa que a estrutura e tamanho da KLM terão de ser radicalmente alterados nos próximos anos", explica a transportadora no comunicado.

A KLM sublinha que a perspetiva da aviação é "incerta", porque vários países estão a reintroduzir as restrições de viagem, fazendo com que os "clientes tenham relutância em reservar" voos.

Isto amplia a previsão de recuperação inclusivamente até 2024, o que dependerá do "desenvolvimento do vírus, da recuperação da economia e do comportamento dos clientes".

A companhia aérea reconhece que o pacote de ajuda de 3,4 mil milhões de euros do Governo holandês, sob a forma de empréstimos diretos e garantias de empréstimos bancários, permitirá à empresa enfrentar a crise durante "o próximo período".

Mas para "garantir a sobrevivência a longo prazo" da KLM, a empresa assegura que "deve adaptar-se à nova realidade", o que significa reduzir a mão-de-obra total dos atuais 33.000 trabalhadores para cerca de 28.000.

A KLM não exclui a possibilidade de reduzir ainda mais a sua mão-de-obra se o nível de produção até 2021/2022 for ainda inferior às expectativas atuais, ou seja, se for reduzido em mais de 20%, como esperado.

A companhia aérea já anunciou que as perdas previstas para o segundo semestre do ano aumentaram para 493 milhões de euros, uma vez que as vendas caíram 75%, e assinala que ainda tem de pagar aos clientes 1,6 mil milhões de euros por viagens aéreas canceladas.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela