Bezos e Musk em guerra por causa de satélites de Internet
A SpaceX quer baixar a altitude dos seus satélites. A Amazon assegura que esta decisão iria prejudicar os seus satélites. Empresas estão a ser ouvidas pelos reguladores.
Os dois homens mais ricos do mundo estão a lançar-se farpas mutuamente por causa da Internet. Jeff Bezos (Amazon) e Elon Musk (Tesla e SpaceX) estão a responder perante os reguladores federais dos Estados Unidos devido aos projetos de satélites de Internet que as suas empresas estão a desenvolver.
Atualmente a SpaceX está a tentar receber autorização da Federal Communications Commission (FCC) para que os satélites Starlink (que ajudam a divulgar os sinais de Internet) se movessem para uma altitude mais baixa. Mas Bezos não gostou da ideia e afirmou que esta medida pode interferir com os satélites da Amazon.
Os satélites Starlink são um projeto da SpaceX que tem vindo a lançar vários satélites para o espaço. O objetivo é ter mais de 30 mil unidades a fornecer Internet de alta velocidade a milhões de utilizadores pelo mundo inteiro. Atualmente tem mais de mil em órbitra. Mas agora David Goldman, o diretor da SpaceX, pediu à FCC autorização para baixar os satélites para altitudes menores.
O diretor da Amazon não ficou satisfeito e afirmou que se esta medida for aprovada, pode interferir com os satélites Kuiper, cujo objetivo também é fornecer Internet a milhões em todo o mundo. No entanto, o projeto está mais atrasado do que o de Musk, mas foi desenhado para não interferir com os satélites Starlink. Agora que a SpaceX está a pensar em mudar a altitude dos seus satélites, a Kuiper teme riscos no ambiente espacial devido às maiores hipóteses de colisões entre satélites e a possibilidade de interferências nos sinais.
O presidente da Amazon quer que a FCC estabeleça um limite mínimo de altitude a que os satélites devem estar. Num documento citado pelos meios de comunicação norte-americanos, a assessoria jurídica da Amazon escreve: "A SpaceX indicou ser capaz de manter o seu sistema operacional desde que não exceda os 580 km de altitude. E não demonstrou o porquê desta condição não poder já estar em vigor".
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