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5% dos créditos da CGD foram reestruturados

Jornal de Negócios 21 de julho de 2023 às 21:32

Paulo Macedo não vê "nenhum problema de crédito à habitação transversal na sociedade portuguesa", mas sim "em algumas franjas".

A Caixa Geral de Depósitos reestruturou 17 mil empréstimos nos primeiros seis meses do ano, revelou Paulo Macedo em conferência de imprensa de apresentação de resultados, o que equivale a cerca de 5% de todos os créditos do banco público.

E destes, adiantou o presidente executivo da Caixa, pouco mais de mil foram levados a cabo ao abrigo do Plano de Ação para o Risco de Incumprimento [PARI], que o Governo criou para proteger os clientes dos bancos que estejam em situação mais difícil.

"A CGD tem cerca de 323 mil créditos à habitação. Com possibilidade de aderir aos decretos lei do PARI temos 93 mil pessoas, dos quais efetivamente efetuaram a reestruturação do seu crédito 1.024 clientes", o que corresponde a "menos de 1% dos clientes da Caixa".

"Por outro lado, a CGD, por sua iniciativa, propondo restruturações, reduções de spread, revisões de indexnstes, reestruturou 16 mil créditos".

Ou seja, no total, 17 mil créditos, "menos de 5% dos créditos da CGD, foram objeto de negociação ou contacto unilateral ou através do próprio decreto-lei".

“Não há nenhum problema de crédito à habitação transversal na sociedade portuguesa. Há um problema concreto e claro em algumas franjas e que afeta famílias em concreto”, diz Paulo Macedo.

O volume de crédito malparado nestes últimos seis meses caiu 3,8% na Caixa, para 1.783 milhões de euros.

Face a todos os empréstimos concedidos, corresponde a 2,48% — ligeiramente acima do que tinha sido registado no primeiro semestre de 2022 (2,43%). Desde 2019 que este indicador estava a baixar: 4,74% de todos os empréstimos no primeiro semestre de 2019, 3,85% em 2020, 2,84% em 2021 e 2,43% em 2022.


608 milhões de lucros

A Caixa Geral de Depósitos obteve nos primeiros seis meses do ano lucros de 608 milhões de euros, um acréscimo de 122 milhões de euros, ou de 25%, face ao mesmo período do ano passado.

O banco sublinha que com este exercício, "o conjunto de resultados gerados desde a recapitalização de 2017 permitiu saldar os prejuízos acumulados dos exercícios de 2011 a 2016", pelo que Paulo Macedo, CEO do banco entende que este é "um resultado histórico".

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