Secções
Entrar

Mustafá: Líder da claque Juve Leo entrega-se para cumprir pena de 6 anos e 4 meses

Lusa 15 de fevereiro de 2024 às 20:53

"O arguido entregou-se voluntariamente" na cadeia de Sintra, garantiu fonte oficial.

O líder da claque Juventude Leonina, Nuno Mendes (Mustafá), entregou-se esta quinta-feira no Estabelecimento Prisional de Sintra para cumprir a pena de seis anos e quatro meses a que foi condenado, em 2019, num processo de assaltos a residências.

A informação foi avançada à agência Lusa por fonte judicial, acrescentando que "o arguido se entregou voluntariamente" na cadeia de Sintra, acompanhado pelo seu advogado Rocha Quintal.

Após o acórdão proferido pelo Tribunal de Cascais, a 6 de dezembro de 2019, Mustafá e outros arguidos condenados foram apresentando recursos, sempre rejeitados pelos tribunais superiores, e a decisão transitou em julgado.

Desde novembro de 2023 que havia um mandado de detenção em nome de Nuno Mendes.

Neste processo, o Tribunal de Cascais condenou igualmente, a sete anos e meio de prisão, o antigo inspetor da Polícia Judiciária Paulo Pereira Cristóvão, que também se entregou voluntariamente no início do mês na cadeia de Évora para cumprir a pena.

O julgamento contou com mais 14 arguidos (incluindo três agentes da PSP), 12 dos quais condenados a penas efetivas entre os quatro anos e meio e os 17 anos de prisão.

Um dos agentes, Elói Fachada, foi condenado a 16 anos de prisão, outro, Luís Conceição, a 17 anos, e uma agente da PSP, Telma Freitas, foi condenada a uma pena suspensa de três anos e cinco meses.

Pereira Cristóvão e Mustafá foram condenados pelo envolvimento e preparação dos assaltos a uma residência no Atrium Cascais, em 27 de fevereiro de 2014, e a uma outra na Avenida do Brasil, em Lisboa, em abril desse ano, do qual acabaram por não levar dinheiro.

Quanto ao assalto à residência no Cascais Atrium, o coletivo de juízes deu como provado, "praticamente na integra os factos" que constam na acusação do Ministério Público, nomeadamente a participação "efetiva" de Paulo Pereira Cristóvão. Ficou ainda provado que um dos agentes PSP, que entrou na residência, ameaçou e apontou armas de serviço às vítimas.

Para o Tribunal de Cascais ficou provado que os arguidos retiraram 145.000 euros de um cofre que o proprietário tinha em casa, apesar de os arguidos, que receberam entre 7.500 e 10.000 euros cada um, terem dito em julgamento que do assalto levaram 80.000 euros.

Quanto aos restantes 65.000 euros, a presidente do coletivo de juízes afirmou, aquando da leitura do acórdão, "que se desconhecia o paradeiro" desse valor.

O segundo assalto, em abril de 2014, foi a uma residência em Lisboa, que pertenceria a um alegado burlão do banco BPN que estaria em dívida para com o arguido Celso Augusto e que guardaria dinheiro debaixo do soalho da habitação, mas os assaltantes ligados a 'Mustafá' não encontraram qualquer dinheiro.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela