O festival renova todos os seus propósitos, envolver a comunidade local, provocar o diálogo e a reflexão
De 10 a 18 de setembro, a cidade-galeria recebe a 5.ª edição do festival, onde estarão em destaque as criações de arte urbana - com residências artísticas e pinturas ao vivo dos portugueses Pantónio, Bordalo II, Mariana Duarte Santos, Ruído, Daniela Guerreiro, Pitanga, do artista local Mário Afonso e do brasileiro Thiago Mazza. O evento cruza-se com outras ações: workshops, exposições, conversas, cinema, teatro, música, performances, animação de rua e visitas guiadas.
O festival, organizado pelo Município de Estarreja, pinta-se de verde como forma de manifesto, alertando consciências. A sustentabilidade ambiental é o principal tema da edição deste ano, com muitas das telas a refletir o património natural e a biodiversidade do território, apelando à reflexão sobre o impacto das alterações climáticas nesta nossa riqueza natural.
Conforme explica a Vereadora da Cultura da Câmara Municipal, Isabel Simões Pinto, "vivemos momentos em que o impacto das alterações climáticas começa a ser demasiado evidente no mundo e a mudança é um desafio que só é possível superar se o fizermos em conjunto. Nesta edição do ESTAU, enquanto espaço artístico que pretende estimular a reflexão e pensamento crítico sobre tudo o que nos rodeia, queremos que o tema da sustentabilidade seja encarado como um desafio de todos e cada um de nós, enquanto cidadão, tem que assumir o compromisso da transição climática para uma sociedade mais neutra, para que possamos continuar a contemplar a biodiversidade riquíssima e outros recursos naturais que temos que preservar com urgência".
A esta causa e compromisso junta-se a Bondalti, uma das empresas do complexo químico de Estarreja, permitindo uma pintura mural de grande dimensão, num tanque industrial. "É uma intervenção pioneira em Portugal e, através da arte pública, pretende-se uma aproximação da indústria química à comunidade, com uma mensagem de reforço do seu compromisso de atuação responsável e contributo para os objetivos do desenvolvimento sustentável", explica a autarca.
O ESTAU continua a pôr a arte urbana a falar com a cidade, com as pessoas, com a natureza e com o património. E por isso a identidade local é mote de inspiração para os artistas: Mariana Duarte Santos vai às origens do distintivo Carnaval de Estarreja; a dupla Ruído aposta numa composição em homenagem ao poeta Francisco Joaquim Bingre, o Cisne do Vouga, na primeira incursão do ESTAU à freguesia de Canelas; Mário Afonso recorre ao azulejo para contar a história da cidade, a partir de imagens do Arquivo Municipal.
No teatro, destaque para "A Passarola" (17 de setembro, Praça Francisco Barbosa), espetáculo de teatro comunitário do Trigo Limpo Teatro ACERT, a partir de uma adaptação livre do romance Memorial do Convento, de José Saramago. Ao grupo de artistas da ACERT, irá juntar-se um grupo de participantes da cidade para juntos tornarem real este espetáculo, que tem a Passarola como engenho cénico.
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