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OMS quer aparelhos de som a avisar para perigo de perda de audição

12 de fevereiro de 2019 às 16:40

Estes sistemas devem permitir informar os utilizadores destes aparelhos sobre o nível sonoro e a duração da escuta e alertá-los para o perigo.

AOrganização Mundial da Saúdepublicou hoje uma recomendação para que os fabricantes de smartphones e outros leitores de áudio incluam nos aparelhos sistemas que permitam avaliar os riscos de aumentar o volume do som.

Estes sistemas devem permitir informar os utilizadores destes aparelhos sobre o nível sonoro e a duração da escuta e alertá-los para o perigo, explicou hoje a organização em conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.

"Para já, estamos só a basear-nos no nosso instinto" para se saber se o volume de som está demasiado elevado, referiu a consultora de otorrinolaringologia da OMS.

A atual situação "é como se conduzíssemos numa autoestrada sem mostrador de velocidade no carro nem limite de velocidade", explicou.

"O que propomos é que os smartphones passem a estar equipados com um 'mostrador de velocidade', ou seja, um sistema que meça e informe sobre a quantidade de som que está a ser recebida e que indique se o limite está a ser ultrapassado", acrescentou a especialista.

A Organização Mundial de Saúde propõe também que seja criado um controlo parental do volume ou uma limitação automática do som.

As recomendações, feitas em conjunto com a União Internacional das Telecomunicações, devem-se à preocupação crescente com a saúde auditiva dos utilizadores de smartphones e outros leitores de MP3.

Cerca de metade dos jovens entre os 12 e os 35 anos, ou seja, 1,1 mil milhões de pessoas, estão em risco de sofrer perdas auditivas devido a "uma exposição prolongada e excessiva a sons fortes", adiantou a OMS.

"Temos os conhecimentos necessários para evitar a perda de audição, [por isso] não deveria haver tantos jovens a prejudicar a sua audição para ouvir música", sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Atualmente, 5% da população mundial, ou seja, cerca de 466 milhões de pessoas, incluindo 34 milhões de crianças, sofrem de perdas auditivas, mas a OMS não sabe que parte está relacionada com o uso indevido de dispositivos de áudio.

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