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Farmacêutica Bayer garante que glifosato é "seguro e não cancerígeno"

11 de agosto de 2018 às 17:01

Uma sentença de um tribunal confirmou os perigos do produto Roundup, comercializado pela agroquímica Monsanto.

A farmacêutica Bayer garantiu este sábado que o glifosato, composto usado em herbicidas, é "seguro e não cancerígeno", após a sentença de um tribunal que confirmou os perigos do produto Roundup, comercializado pela agroquímica Monsanto.

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Bayer Monsanto
Foto: Krisztian Bocsi/Bloomberg via Getty Images
Bayer Monsanto
Foto: PATRIK STOLLARZ/AFP/Getty Images
Bayer Monsanto
Foto: Jasper Juinen/Bloomberg via Getty Images

A garantia decorre de "provas científicas, sujeitas a exames regulares à escala mundial" e de "dezenas de experiências práticas de utilização do glifosato", disse um porta-voz da farmacêutica alemã Bayer, não identificado pela agência AFP.

Na sexta-feira, um tribunal de São Francisco, nos Estados Unidos, condenou a Monsanto a pagar 290 milhões de dólares (253 milhões de euros) por não ter informado sobre os perigos do herbicida Roundup, na origem do cancro desenvolvido por um jardineiro.

Os jurados determinaram que a Monsanto agiu "com maldade" e que o seu herbicida Roundup, ainda que na sua versão profissional RangerPro, "contribuiu consideravelmente" para a doença do jardineiro Dewayne Johnson.

A gigante americana Monsanto, comprada pela alemã Bayer, foi processada pelo jardineiro de 46 anos, com um cancro em fase terminal, que vaporizou com o herbicida Roundup durante vários anos.

A Monsanto já anunciou, em comunicado, que vai recorrer da sentença e reiterou que o glifosato não provoca o cancro e não foi responsável pela doença do jardineiro americano.

"A decisão do tribunal contradiz as conclusões científicas", corroborou o porta-voz da Bayer.

O glifosato, presente no produto Roundup, é uma substância muito controversa, que tem sido objecto de estudos científicos contraditórios quanto à presença de elementos cancerígenos.

Criticado em todo o planeta, mas raramente proibido ou condenado, o glifosato é considerado, desde 2015, como "provavelmente cancerígeno" pela Organização Mundial de Saúde.

Após dois anos de intensos debates, a União Europeia renovou, em finais de 2017, a licença do glifosato por cinco anos.

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