ADN revela segredos de tijolo com mais de 2.900 anos
Tijolo que está agora exposto, num museu da Dinamarca, pertencia ao palácio do rei Assurnasirpal, no Iraque. As suas gravuras revelaram que data do ano de 879 a 869 a.C..
Um grupo de investigadores conseguiu extrair pela primeira vez ADN de um tijolo, com 2.900 anos. A investigação, que foi publicada na revistaNature Scientific Reports, revelou que foi descoberta a origem do material, e identificado um total de 34 plantas, incluindo repolho e louro.
Feito de lama do rio Tigre, palha e fezes de animal, o tijolo teria sido moldado com um modelo próprio, antes de nele ser gravado um tipo de escrita, que se encontra agora extinto. Terá sido a mesma gravura que permitiu perceber que a peça remonta à época de 879 a 869 a.C..
"Por causa da inscrição no tijolo, podemos atribuir a argila a um período de tempo relativamente específico em uma determinada região, o que significa que o tijolo serve como uma cápsula do tempo de biodiversidade com informações sobre um único local e seus arredores", disse Troels Arboll, um dos autores do artigo e investigador na Faculdade de Estudos Asiáticos e do Oriente Médio, da Universidade de Oxford.
Apesar de estar atualmente guardado no Museu Nacional da Dinamarca, o estudo revelou que a peça pertencia ao Palácio Noroeste, do rei Ashurnasirpal, e que estava localizado na antiga de cidade de Kalhu, no norte do Iraque.
Composta por arqueólogos, biólogos, geneticistas e assiriologistas, a equipa terá extraído o ADN através da mesma técnica que é utilizada em materiais porosos, como os ossos. Acredita-se agora que através dos materiais argilosos possa ser possível revelar também o ADN dos vertebrados e invertebrados.
A descoberta acabou por ser um sucesso, já que é inédita e pode agora ser uma nova porta para estudar a fauna e flora do passado.
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