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Os rostos de quem transporta vítimas de violência doméstica para locais seguros

Lucília Galha
Lucília Galha 24 de novembro de 2023 às 20:00

Em situação de violência doméstica, cabe à Cruz Vermelha o trabalho invisível de conduzir as pessoas agredidas, e as suas famílias, para um local seguro. Não é uma mera deslocação, para quem o faz “salvam-se vidas” – mas o trabalho da instituição termina no fim da viagem.

A mãe fez o percurso todo em silêncio. No carro, sentadas ao lado dela, estavam as duas filhas menores, com idades entre os 5 e os 10 anos. A mulher só falava quando uma das duas se dirigia a ela – aconteceu poucas vezes. Foi assim ao longo de cerca de duas horas, mas uma das crianças estava curiosa com o destino daquela viagem. Queria saber se teria um guarda-roupa só para ela, roupa, brinquedos e até bolachas de chocolate. Sentada no banco da frente, Adelaide Silva tentava responder-lhe, sem lhe criar falsas expectativas. “Promessas não podemos fazer, nós não sabemos”, diz à SÁBADO a funcionária da Cruz Vermelha.

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