Lara Ferreira, de 25 anos, não saía de casa desde 2018, quando ao fim de meses a sofrer bullying na escola deixou de ir às aulas. “Tinha receio que gozassem comigo, como faziam na escola”, conta a jovem do Porto. Passava os dias a ver televisão e a falar com os amigos que conheceu online. “Não tinha vontade de fazer nada, não via um futuro para mim”, confessa. Mas não procurou ajuda psicológica. “Era muito difícil falar sobre o que sofri. Às vezes, ainda é”, diz. A mãe pediu ajuda. Na Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, onde trabalha, recorreu à técnica Filipa Luz que estava a coordenar na instituição o projeto COPE- Prescrição Social direcionado para jovens que não trabalham, nem estudam.

O médico receitou-me jardinagem

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