Sábado – Pense por si

Bastidores: Mulheres que congelaram os óvulos e o fenómeno Cristina Ferreira

Rui Hortelão
Rui Hortelão 11 de fevereiro de 2015 às 16:58

E a eurodeputada socialista Ana Gomes considera que "o caso Sócrates não é um julgamento político". Uma grande entrevista para ler na edição desta semana

Numa das suas primeiras entrevistas de emprego, foi perguntado a Manuela se desejava ter filhos. Respondeu que sim e teve pronta reacção do interlocutor. "Esperemos que não seja nos próximos anos", disse o responsável da empresa. A gestora financeira mudou de emprego mas parece ter seguido o conselho. Congelou os seus óvulos para poder ser mãe depois de se sentir realizada na carreira. Tem 42 anos e sente que ainda não chegou ao topo. Por isso continua a adiar a maternidade. A sua decisão não é inédita. No fim do ano passado, a Apple e o Facebook anunciaram que pagariam a congelação de óvulos às funcionárias que quisessem adiar a maternidade e investir na carreira. O objectivo era atrair mulheres para empresas cuja maioria dos trabalhadores ainda é do sexo masculino. Contudo, a medida gerou polémica: estariam só a oferecer uma oportunidade – a mulheres como Manuela – ou a apresentar uma imposição de forma disfarçada?

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.