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Opções vegetarianas chegam a custar mais do dobro

Lusa 07 de dezembro de 2021 às 13:18

Estudo da Deco Proteste aponta que a média dos produtos vegetarianos apresenta um aumento de custo entre 11 a 104% e que as diferenças de preço afastam os consumidores.

As opções de refeições vegetarianas chegam a custar mais do dobro das receitas tradicionais, segundo um estudo da Deco Proteste, que defende que as diferenças de preço afastam os consumidores.

A Deco Proteste comprou mais de 50 produtos vegetarianos que podem habitualmente substituir queijo fatiado, carne picada, hambúrgueres, almôndegas, douradinhos e salsichas e, na comparação que fez, concluiu que a diferença de preço "é substancial e afasta o conceito de substituição na hora de os consumidores fazerem contas aos gastos em alimentação".

Segundo o estudo, que usou produtos de 20 marcas diferentes, à exceção da Iglo Green Cuisine, que nalguns produtos (nuggets e fingers de proteína vegetal) "consegue aproximar-se do custo dos produtos tradicionais ou apresentar até valores mais baixos", a média dos restantes produtos vegetarianos apresenta um aumento de custo entre 11 a 104%.

A Deco Proteste dá o exemplo do queijo flamengo e do seu substituto vegetariano, com base de gordura de coco, que, por quilo, custa 21,90 euros – mais 16 euros do que o tradicional.

"Os hambúrgueres e os panados vegetarianos exigem um esforço orçamental igualmente considerável – mais 10 euros do que o formato conservador. Na carne picada e nas almôndegas a diferença ronda os nove euros, enquanto as salsichas enlatadas de soja e de carne distam seis", sublinha a organização.

Os fabricantes justificam a diferença de preço com "elevados custos de produção" e com o "mercado pequeno, que não permite ganhos em escala", refere a Deco Proteste, acrescentando que o investimento em investigação e desenvolvimento é outro dos argumentos mencionados pelas marcas.

Segundo os dados disponíveis, "o número de vegetarianos quadruplicou nos últimos 10 anos" e "cerca de duas em três pessoas estão a transitar para uma alimentação sem carne", refere a organização, sublinhando que esta é "uma tendência em franca expansão nos Estados Unidos da América e no Reino Unido" e que 10% dos portugueses entre os 25 e os 74 anos se assumem como flexiterianos ou semivegetarianos.

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