Secções
Entrar

Morreram as duas gémeas siamesas que partilhavam coração e fígado

09 de abril de 2018 às 20:07

As duas gémeas siamesas angolanas que partilhavam o mesmo coração e fígado, nascidas há uma semana em Luanda, morreram esta segunda-feira, no hospital.

As duas gémeas siamesas angolanas que partilhavam o mesmo coração e fígado, nascidas há uma semana em Luanda, morreram esta segunda-feira, no hospital.

Ambas faleceram com apenas algumas horas de diferença, confirmou fonte do Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda.

A informação foi também confirmada à Lusa por fonte da família, acrescentando que o funeral das duas meninas será realizado terça-feira, em Luanda, num desfecho que os médicos já previam desde a manhã de hoje, dada a raridade deste tipo de caso.

Na quarta-feira, os médicos confirmaram, após exames imagiológicos, a impossibilidade de separação cirúrgica das meninas, que permaneceram na incubadora do Hospital Pediátrico David Bernardino até ao final da tarde hoje.

"É uma situação clínica que é sobejamente conhecida como complicada (...) Logo à partida colocava a inviabilidade da separação, compartilhavam o coração e o fígado, tudo o resto era esperar", explicou à Lusa a diretora clínica do hospital pediátrico, Margarida Correia, ao final da manhã, pouco depois da morte da primeira das duas gémeas siamesas.

Além destas duas gémeas siamesas, uma terceira gémea nasceu no mesmo parto, por cesariana, a 02 de abril, na maternidade Augusto Ngangula, também na capital angolana, onde permanece internada, sem problemas de saúde.

Apesar das dificuldades do setor da Saúde em Angola, o hospital garante que tudo o que era possível para salvar as gémeas siamesas "foi feito".

"Infelizmente não vão conseguir viver além destes dias que lhes foram proporcionados pela natureza", desabafava, anteriormente, a médica Margarida Correia.

Um desfecho que também já era esperado pelo pai das meninas, Panzo Afonso, de 34 anos: "É duro, é mesmo doloroso".

Em declarações à Lusa, este militar do Exército angolano confessou a surpresa provocada pelo nascimento das siamesas.

"Nunca tive a noção que existia [gémeas siamesas]", apontou, enaltecendo o apoio médico prestado naquele hospital público de referência na capital angolana.

"Encontrei uma equipa profissional (...) Tivemos boa assistência, bons cuidados", assume.

A mãe das gémeas siamesas, Maria Tomé, de 28 anos, permanece internada na maternidade Augusto Ngangula, em recuperação.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela