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Misterioso príncipe saudita leva quadro de Leonardo Da Vinci

07 de dezembro de 2017 às 11:06

"Salvator Mundi", a obra de Leonardo da Vinci, foi vendido pelo valor recorde de 380 milhões de euros. Comprador foi agora revelado: é um príncipe saudita.

Já se sabe quem comprou o quadro "Salvator Mundi", de Leonardo da Vinci, recentemente arrematado em leilão pelo valor recorde de 450 milhões de dólares (380 milhões de euros), levando-o para o Museu do Louvre em Abu Dhabi. Segundo o The New York Timeso misterioso novo dono de "Salvator Mundi" é o príncipe saudita Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud.

O príncipe, sem historial como grande coleccionador de arte, é um membro afastado da família real saudita. Tem uma das maiores fortunas do Médio Oriente e, segundo o diário norte-americano, a compra da pintura de da Vinci levantou muitos rumores na sociedade saudita. Entre a elite saudita corre o rumor de que Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud é um dos membros da família real que enriqueceu ilicitamente, através de corrupção.

O anúncio da venda do quadro foi feito na quarta-feira pelo recém-inaugurado museu, localizado na ilha deSaadiyat, na capital dos Emirados Árabes Unidos. 
"Salvator Mundi", uma pintura de 66 centímetros, que data de cerca de 1500, mostra Cristo com vestes de estilo renascentista, a mão direita levantada em bênção e a mão esquerda em baixo a segurar uma esfera de cristal.

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Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

O quadro, um dos poucos do mestre do Renascimento existentes (estimados em menos de 20) e o único na mão de particulares, foi vendido, no mês passado, pela leiloeira Christie's a um comprador anónimo. 

O quadro pertencia ao rei Carlos I de Inglaterra em meados de 1600 e foi leiloado pelo filho do duque de Buckingham em 1763. Depois disso, o quadro desapareceu completamente até 1900, altura em que ressurgiu, tendo sido adquirido por um colecionador britânico. Na época, pensou tratar-se de uma obra de um discípulo de Leonardo, e não do próprio mestre.

A pintura seria vendida novamente em 1958 e depois adquirida em 2005, seriamente danificada e parcialmente pintada por um consórcio de comerciantes de arte que pagou menos de 10 mil dólares. Estes comerciantes restauraram amplamente a pintura e documentaram a sua autenticidade como sendo uma obra de Leonardo da Vinci.

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