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Eduardo Sá fala sobre o acidente que lhe mudou a vida

Diogo Barreto 12 de outubro de 2025 às 15:39

O psicólogo caiu em casa e fraturou a coluna. Durante a fase de socorro voltou a cair, contou, criticando os meios de socorro.

O psicólogo Eduardo Sá que mudou "completamente" a sua vida há quatro anos e o deixou dependente de uma cadeira de rodas. 
Eduardo Sá fala sobre parentalidade e deficiência Sérgio Azenha
Durante a entrevista ao da SIC, o psicólogo e professor universitário explicou como o acidente ocorreu pouco depois de se ter mudado para uma aldeia perto de Aveiro. Eduardo Sá contou que uma queda doméstica resultou numa lesão considerada irreversível e na necessidade de utilizar uma cadeira de rodas para se mover. “Eu ensinei toda a minha vida o sistema nervoso e, portanto, quando eu desmaiei e tive o azar de fraturar a coluna, eu, naquele momento, percebi o que é que tinha em mãos. Fiquei absolutamente imóvel. Percebi perfeitamente o que é que tinha acontecido”, explicou a Daniel Oliveira. Revelou que chamou o INEM, mas foi atendido por profissionais da Cruz Vermelha, cuja atuação criticou duramente: "Tive uma cólica biliar e, em vez de ir desmaiando, como já me tinha acontecido muitas vezes, fiz uma síncope e caí a pique. Estava no quarto de banho e bati com as costas no bidé. Chamei o INEM, veio a Cruz vermelha, fui super maltratado pela Cruz vermelha, deixaram-me cair várias vezes. Portanto, eu acho que agravei a lesão”, explicou, criticando a ação de socorro. "Naquela noite tive dores insuportáveis. Passou-me tudo pela cabeça", sublinhou.
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Esteve depois seis meses internado em Coimbra, a recuperar. Durante quatro meses desse período esteve sem ver a família - estava-se em período de pandemia. "Tive aquele pacote todo de cirurgias de sete, oito horas e acordei na enfermaria de pessoas que caíram e bateram com a cabeça. Era uma enfermaria indescritível, porque tinha pessoas agitadíssimas, com episódios delirantes, às vezes, um bocado violentas. A minha primeira reação foi dizer que tive sorte. Se tivesse batido com a cabeça era uma tragédia. Mas eu tive a noção naquele momento do que ia fazer com isto, porque ia mudar toda a minha vida”, referiu. Eduardo Sá falou ainda sobre o choque de ter de reaprender rotinas e sobre o esforço para manter a atividade profissional e a ligação com o público.
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