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Casal português de Cambridge faz passeio de bicicleta solidário em África

20 de janeiro de 2018 às 13:36

O percurso de cerca de 300 quilómetros será em quatro dias será feito em estradas de terra batida e alcatrão.

Um casal de portugueses residente em Cambridge, Inglaterra, parte este domingo para um passeio de bicicleta em África em que pretende sensibilizar e angariar dinheiro para ajudar crianças em países afetados por conflitos e pela epidemia de ébola.

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Foto: Getty Images
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Miguel Torres, programador informático, e Leonor Natário, técnica de farmácia, vão participar na segunda iniciativa deste tipo organizada pela organização sem fins lucrativos britânica Street Child, que providencia educação a crianças vulneráveis.

Após a chegada, por avião, em Freetown, na Serra Leoa, os 16 participantes seguem para a localidade de Bo, de onde vão começar a pedalar.

O percurso de cerca de 300 quilómetros será em quatro dias será feito em estradas de terra batida e alcatrão até ao destino, Robertsport, na Libéria.

Miguel Torres, um apaixonado por ciclismo, já fez incursões semelhantes, incluindo uma que atravessou cinco países europeus na altura do referendo sobre o Brexit, em 2016.

Durante uma feira relacionada com provas desportivas, teve conhecimento deste evento e desafiou Leonor, que, apesar de não ser uma ciclista convicta, aceitou para apoiar a causa.

Para o portuense, esta é "uma forma de visitar os sítios mais remotos destes países e ao mesmo tempo ajudar".

Miguel, Leonor e os restantes participantes vão ter oportunidade de visitar alguns dos projectos da organização ao longo do percurso.

O casal português paga os custos da própria viagem e comprometeu-se ainda a tentar angariar 3.000 libras (3.400 euros) para doar à Street Child.

Este valor, referem, vai permitir que 50 crianças frequentem a escola durante um ano, pagar a 10 famílias para que possam manter seus filhos na escola, cobrir a remuneração de 10 professores por um ano e contribuir para a remodelação de duas escolas locais.

Apágina  da campanha indicava que tinham conseguido cerca de 2.000 libras (2.270 euros).

Além do risco de contrair ébola, cuja epidemia na África Ocidental entre o final de 2013 e 2016 matou mais de 11.300 mortes a maioria dos quais na Libéria e na Serra Leoa, os portugueses enfrentam perigos como a malária e outras doenças e criminalidade.

"Vemos as coisas pela positiva e sabemos que a maioria das pessoas são boas", adiantou, referindo que serão acompanhados por pessoal com formação médica e por polícia.

Residente no Reino Unido desde 2012, Torres aprecia este tipo de acções individuais de filantropia que são tão comuns na sociedade britânica e que são menos frequentes em Portugal.

"Este tipo de campanhas acaba por ter um contributo muito positivo para a sociedade e chega muitas vezes onde o Estado não chega. Por exemplo, o meu posto de trabalho é financiado por duas das maiores ONGs [organizações não governamentais] britânicas cujos fundos vêm maioritariamente destas campanhas", explicou.

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