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Barcelona quer acabar com o alojamento local até 2028 

Débora Calheiros Lourenço 22 de junho de 2024 às 13:10

Jaume Collboni, presidente da Câmara, vai cancelar as licenças dos mais de dez mil apartamentos atualmente autorizados para arrendamento de curto prazo.  

Barcelona é um dos principais pontos turísticos espanhóis, mas agora a cidade pretende proibir o aluguer de apartamentos aos turistas até 2028 para controlar os preços das rendas e tornar a cidade habitável para os catalães. 

Reuters

Jaume Collboni, presidente da Câmara, afirmou na sexta-feira que até novembro de 2028 iria cancelar as licenças dos mais de dez mil apartamentos atualmente autorizados para arrendamento de curto prazo.  

Segundo o presidente da Câmara de Barcelona, a medida pretende "enfrentar o que acreditamos ser o maior problema de Barcelona". O objetivo é que "a partir de 2029", se a medida for implementada na totalidade, "os apartamentos turísticos tal como os concebemos hoje desaparecerão da cidade". 

O aumento do turismo nos últimos anos envolveu a cidade numa crise de habitação, nos últimos dez anos as rendas aumentaram cerca de 68% e os valores para compra aumentaram 38%. Segundo Jaume Collboni o custa das habitações são neste momento um fator de desigualdade, especialmente para os jovens à procura da primeira casa.  

As Ilhas Canárias foram a primeira região espanhola a apresentar limitações aos arrendamentos de curta duração em Espanha, o terceiro país do mundo com maior número de turistas por ano.  

O governo central, através da ministra da Habitação Isabel Rodriguez, já afirmou que apoio a decisão do presidente da Câmara de Barcelona. Na plataforma X escreveu: "Trata-se de fazermos todos os esforços necessários para garantir o acesso à habitação a preços acessíveis". 

Já a associação de apartamentos turísticos de Barcelona, Apartur, garante que "Collboni está a cometer um erro que levará ao aumento da pobreza e do desemprego", alertando ainda para a possibilidade de a proibição provocar um aumento de apartamentos turísticos ilegais.  

O governo local respondeu que pretende manter o seu "forte" regime de inspeção para detetar potenciais apartamentos ilegais à medida que a proibição entrar em vigor. Desde 2016 foram encerrados 9 700 apartamentos turísticos ilegais. 

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