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2,7 milhões de crianças vivem em instituições

01 de junho de 2017 às 07:48

Europa central e de leste têm as mais elevadas taxas do mundo de acolhimento infantil

Pelo menos 2,7 milhões de crianças vivem em instituições em todo o mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que insta os governos a prevenir a separação familiar e a facilitar lares de acolhimento.

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Foto: Viktor Drachev\TASS via Getty Images
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Num nota enviada à agênciaEfe, o director associado de Protecção Infantil da UNICEF, Cornelius Williams, afirma que as crianças em orfanatos ou instituições, "que já são vulneráveis devido à separação familiar, estão em maior risco de sofrer violência, abusos ou danos a longo prazo no seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional".

O número de crianças em regime de acolhimento por instituições foi publicado pelaChild Abuse & Neglecte, segundo a UNICEF, "são provavelmente apenas a ponta do iceberg", já que há muitas imprecisões na recolha de dados e nos registos da maioria dos países.

Para o responsável da Protecção Infantil da organização, "a prioridade é evitar o acolhimento institucional" e manter as crianças com as suas famílias, "especialmente nos primeiros anos".

Os dados a que a UNICEF se refere foram compilados em 140 países e indicam que a Europa central e de leste (ndr: nas fotos acima, imagens de um orfanto na Ucrânia) têm as mais elevadas taxas do mundo de acolhimento infantil em instituições, com 666 crianças em cada 100 mil a viverem nestes locais, cinco vezes mais que a média mundial, que é de 120 crianças por cada 100 mil.

Os países industrializados, a Ásia oriental e a região do Pacífico ocupam o segundo e terceiro lugares, com 192 e 153 crianças por cada 100 mil, respectivamente, segundo o comunicado da UNICEF.

A organização destaca que muitos países continuam com falta de um sistema eficaz para recolher os números exatos de crianças em situações de cuidado alternativo, e que em muitos casos os dados reais dos que vivem em instituições não são oficialmente contabilizados, e frequentemente os que estão em centros privados não são registados.

Assim, a especialista em estatística da UNICEF e co-autora do estudo Claudia Cappa pediu que os governos listem, de forma "exacta e completa" as instalações de acolhimento e que façam "recontagens regulares das crianças que nelas vivem".

O objectivo, explicou Cappa, é "ajudar a fortalecer os registos oficiais" e conhecer o verdadeiro alcance do problema para poder "dar uma resposta eficaz".

Entre os principais factores que levam à entrada destas crianças em instituições está a desintegração familiar, os problemas de saúde, incapacidade, pobreza ou acesso deficiente a serviços sociais, assinala o estudo.

No comunicado, a UNICEF insta os governos a reduzirem o número de crianças em instituições através da prevenção à separação familiar, quando for possível, e à procura por casas com ambientes familiares, como lares de acolhimento. A organização pede ainda mais investimento em programas familiares junto das comunidades.

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