A partidarização do Estado criou o milagre da multiplicação. Durante anos, os "boys" e "girls" reproduziram-se como Gremlins em tudo onde tocasse a longa mão do Estado.
A partidarização do Estado criou o milagre da multiplicação. Durante anos, os "boys" e "girls" reproduziram-se como Gremlins em tudo onde tocasse a longa mão do Estado. Cada partido que ocupava o poder executivo cumpria a sua missão quase divina: encarava o Estado como condomínio privado. Essa maré negra causou uma catástrofe ecológica: a administração é hoje uma banheira insalubre cheia de patinhos insufláveis de quem só tinha de ter um cartão partidário dourado. Olha-se à volta e vemos como vai ser difícil reformar um país que se partidarizou em excesso. A alteração da forma de escolha dos altos quadros da Administração Pública é um sinal positivo. Mas será apenas isso mesmo se a medida não for alargada aos institutos públicos que pululam como cogumelos pelo País, e se não se acabar com a saga de colocação de antigos "especialistas" de confiança por tudo o que é sítio. Criou-se a cultura da "partidarite" em Portugal, um valor muito mais importante do que o mérito. E enquanto não sairmos desta forma de ministrar a cicuta à sociedade, nada de essencial se alterará. Porque a austeridade chegará e poderá partir, e tudo ficará na mesma se os valores que foram a base desta partidarização do estado não forem combatidos sem quartel. PS e PSD viveram e sobreviveram desta relação pouco salutar com os dinheiros públicos. E só uma nova cultura política e social poderá inverter isso. O problema é que esta partidarização do universo público alastrou a toda a sociedade como um fungo. A dúvida subsiste: serão os partidos capazes de dominar o monstro que criaram e que engole os recursos do País?
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.