Há um labirinto no futebol onde todas as inocências se perdem: o do poder e o do lucro. Ninguém está imune a isso, a começar pela classe política sempre disposta a arranjar um lugar na fotografia quando há grandes vitórias. Lembremo-nos só do Euro'2004 onde todos os planos eram pequenos para tantos indígenas que queriam aparecer no momento da glória. O futebol está cheio de emplastros. E todos eles pelas mais bondosas razões. A classe política viu no futebol um meio de se promover. Recorde-se de onde vinha o sr. Gilberto Madaíl, antes de aterrar na FPF: deputado do PSD e Governador Civil. Repare-se na romaria de qualquer candidato do PS à porta do sr. Pinto da Costa quando há eleições para a Câmara do Porto. Relembre-se o peso político do sr. Valentim Loureiro no PSD. Isto para já não falar nas deliciosas alianças feitas entre os reis do betão locais e diferentes clubes que criaram teias de poder por esse país fora, muito ligados aos partidos políticos.