A Cartilha Maternal de João de Deus, na sua simplicidade, serviu para pôr milhões de portugueses a ler.
A Cartilha Maternal de João de Deus, na sua simplicidade, serviu para pôr milhões de portugueses a ler. Os políticos deveriam saber que, quando querem elucidar os portugueses, deveriam socorrer-se da clareza. É por isso que quando querem perpetuar mal-entendidos os políticos se socorrem dos técnicos. Carlos Moedas é, desde já, o guardião do melhor axioma deste Governo. Há dias, na comissão parlamentar de acompanhamento das medidas da troika, tentou explicar politicamente onde estava o tal desvio colossal das contas públicas. A explicação foi um poético axioma: "Partimos do ponto A para chegar a C. Mas o que este Governo quer é chegar a B. A diferença entre B e C é o desvio detectado". Perante tão abismal evidência fica-se chocado como é que a nação não abriu a boca de espanto perante esta forma simples e clara de continuar sem perceber onde estarão os colossais dois mil milhões de euros. Carlos Moedas foi generoso. Tornou um axioma num soneto que permitirá, a partir de agora, responder de forma livre a todas as questões que se coloquem à governação. Tornou a política um jogo das escondidas. Onde o objectivo é esconder de tal maneira uma resposta que nem quem está a responder saiba qual ela é. Respondendo assim, Carlos Moedas, tornou a presença de um membro do Governo no Parlamento algo mais simbólico do que doutrinal. Cada um passa a ler as respostas da forma que quiser. Os cidadãos eleitores que não percebam a métrica dos sonetos podem dedicar-se às palavras cruzadas. Que são infinitamente mais fáceis de fazer do que decifrar as respostas de Carlos Moedas.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.