Rafael Catalá explicou que o comboio foi desviado uma linha secundária que obrigava a uma redução de velocidade, devido a obras
O ministro do Fomento de Espanha, Rafael Catalá, revelou hoje que o comboio da CP que descarrilou na Galiza, matando quatro pessoas, fez uma "grande revisão em Maio" e uma revisão de rotina na quinta-feira, no Porto.
O titular espanhol da pasta das infraestruturas e transportes falava aos jornalistas em O Porriño, a localidade galega onde aconteceu o desastre ferroviário.
Sobre o acidente, que ocorreu às 9h25 locais (8h25 em Lisboa), Rafael Catalá adiantou que a linha em causa - no trajecto Vigo-Porto - estava em obras perto da estação de O Porriño, pelo que o comboio teve de ser desviado para "uma linha secundária que obrigava a uma redução de velocidade" da composição.
Foi nesta linha secundária que o comboio - com três carruagens - acabou por descarrilar.
O ministro espanhol também salientou que o maquinista - um português que acabou por ser uma das vítimas mortais - tinha todas as certificações para operar o equipamento acidentado e que, "obviamente, estava informado sobre a intervenção que estava a ocorrer na linha".
Já o vice-cônsul de Portugal na Galiza, Manuel Correia da Silva, adiantou que uma mulher portuguesa estava entre os feridos graves, mas que entretanto já recebeu alta.
O comboio, com 63 passageiros, era da CP portuguesa e fazia o trajecto Vigo-Porto partilhado com a Renfe espanhola na linha conhecida com o nome "Celta", inaugurada em julho de 2013.
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