E por que não mais um museu?

Por Record

No dia 5 de janeiro de 2014 Portugal acordou a notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira, para muitos a grande figura do desporto nacional. O Benfica, que teve no Pantera Negra o seu grande embaixador, não hesitou em dignificar o triste acontecimento com uma série de iniciativas destinadas a perpetuar o nome do malogrado futebolista. O ponto alto acabou por ocorrer já no último verão com a transladação dos restos mortais do internacional português para o Panteão Nacional, uma honra concedida pela primeira vez a um desportista.

A memória de Eusébio é hoje novamente recordada, com uma cerimónia mais simples com a celebração de uma missa, mas o mais importante é passar para as gerações futuras as conquistas de um dos desportistas mais brilhantes do século XX. O Benfica, através do seu museu, ajuda a alcançar este objectivo. Contudo, o clube encarnado não pode assumir esta responsabilidade sozinho pois a universalidade de Eusébio ultrapassa e muito as fronteiras do país.

Em Portugal, o desporto nacional continua sem um espaço condigno onde todos os grandes feitos possam ser recordados e enaltecidos num espaço único. Quem não gostaria de ver as sapatilhas utilizadas por Carlos Lopes na Maratona dos Jogos Olímpicos de 1984 ao lado da camisola das quinas utilizada por Eusébio? Será assim oneroso criar um espaço que dignifique e perpetue as conquistas nacionais?

No dia em que se celebra o segundo aniversário de um dos grandes símbolos do desporto nacional parece-me pertinente lançar esta sugestão.

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