Sábado – Pense por si

Como os outros nos vêem

12 de setembro de 2011 às 12:48

Por muitas e pobres razões, somos o povo mais mal-agradecido do planeta. Quando a vida corre melhor, devemo-lo à "estranja".

Por muitas e pobres razões, somos o povo mais mal-agradecido do planeta. Quando a vida corre melhor, devemo-lo à "estranja". Quando não, o pecado mora em casa. Temos maus indicadores em certos domínios económicos e sociais? Somos nós os responsáveis, mais ninguém. Temos bons indicadores? Sentimo-nos logo culpados por estarmos à frente da maioria, esbanjando recursos escassos e sacrificando maleficamente as gerações futuras. Há uma crise? Venha uma tríade de olhos azuis e cabelos loiros para nos castigar, que bem merecemos. Acolhê-la-emos de braços abertos, felizes por termos sido objecto de tão criteriosa atenção. Esta leitura punitiva está longe de ser partilhada pelos que nos observam com atenção.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.