Sábado – Pense por si

O que faz falta

21 de abril de 2011 às 12:11

As coisas estão assim. Portugal está mais uma vez metido num grande sarilho mas, a julgar pela algazarra do costume, não se vê como pode sair dele.

Os partidos estão em campanha, o que muito amplia a já habitual agressividade e irracionalidade. A classe política agita-se ao sabor das multíplices agendas pessoais e de grupo. Sindicatos, associações, entidades de todo o tipo e atividade, empresas, chefes de fila, lacaios, fazem as suas exigências, tentando não perder nada e se possível ainda ganhar alguma coisa no meio da confusão. Os agitadores do costume andam particularmente excitados. Os salvadores da pátria também. Destacado, como sempre, Francisco Louçã apresenta vinte medidas. Não valem um caracol. Nem é isso que se pretende. São puro espetáculo. É só para aparecer todos os dias na TV. Enquanto isso, multidões de jornalistas e comentadores dão a sua opinião ao minuto, no papel, na pantalha, na rádio, no Face e no Twitter, uns simplesmente porque é essa a sua profissão, outros porque imaginam que podem influenciar o curso dos acontecimentos. Ressalve-se que eu próprio não escapo a este alucinado turbilhão.

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