Trump insiste no muro e no veto a muçulmanos em discurso no Congresso
No seu primeiro discurso ao Congresso norte-americano, o Presidente dos Estados Unidos reafirmou a vontade em construir um muro na fronteira com o México e disse que a ordem executiva para impedir a entrada de muçulmanos no país serve para evitar ataques terroristas.
Donald Trump, abriu o seu primeiro discurso no Congresso norte-americano, ontem à noite, com uma condenação aos recentes actos de violência e ameaças contra comunidades judias no país.
O Presidente norte-americano continuou a defender a construção de um muro na fronteira do México e a proibição de entrada de estrangeiros de sete países muçulmanos. Eis as frases mais marcantes:
"As nações livres são o melhor veículo para expressar a vontade do seu povo - e a América respeita o direito de todas as nações de traçarem o seu próprio caminho. O meu trabalho não é representar o mundo. O meu trabalho é representar os Estados Unidos da América. Mas sabemos que a América está melhor quando há menos conflito - não mais".
"Acredito que uma reforma real e positiva da imigração é possível desde que nos concentremos nos seguintes objectivos: melhorar os empregos e os salários dos norte-americanos, para reforçar a segurança da nossa nação, e restaurar o respeito pelas nossas leis".
"Vamos iniciar em breve a construção de um grande muro ao longo da nossa fronteira do sul. Vai começar antes do programado e, uma vez terminado, vai ser uma arma muito eficaz contra o crime e a droga"
"Como prometido, instrui o Departamento de Defesa para desenvolver um plano para demolir e destruir o ISIS [Estado Islâmico] - uma rede de selvagens sem lei que tem massacrado muçulmanos e cristãos e homens e mulheres e crianças de todas as religiões e crenças. Vamos trabalhar com os nossos aliados, incluindo os nossos amigos e aliados do mundo muçulmano, para erradicar da face da Terra este vil inimigo".
"Devemos aprender com os erros do passado - temos visto a guerra e destruição a grassar no nosso mundo. A única solução a longo prazo para estas catástrofes humanas é criar condições para que as pessoas deslocadas possam regressar às suas casas em segurança e iniciar o longo processo de reconstrução".
"Apoiamos firmemente a NATO, uma aliança forjada a partir de laços das duas Guerras Mundiais que derrubaram o fascismo, e da Guerra Fria que derrotou o comunismo. Mas os nossos parceiros devem cumprir as suas obrigações financeiras. E agora, com base nas nossas fortes e francas discussões, eles estão a começar a fazer exactamente isso".
"Não podemos permitir que uma 'base' de terrorismo se forme dentro dos Estados Unidos - não podemos permitir que a nossa nação se torne num santuário para extremistas. É por isso que a minha administração tem estado a trabalhar para melhorar os procedimentos de escrutínio e, em breve, daremos novos passos para manter a nossa nação segura - e manter longe aqueles que podem causar-nos mal".
"Perdemos mais de um quarto dos nossos empregos na indústria desde que o Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA) foi aprovado e perdemos 60.000 fábricas desde que a China aderiu à Organização Mundial do Comércio em 2001".
"A partir de agora, a América vai ser fortalecida pelas nossas aspirações, não sobrecarregada pelos nossos medos - inspirada pelo futuro [e] não ligada aos fracassos do passado - e guiada pela nossa visão [e] não cega pelas nossas dúvidas. Peço a todos os cidadãos para abraçarem esta renovação do espírito norte-americano. Peço a todos os membros do Congresso para se juntarem a mim e sonharem alto e coisas audazes e ousadas para o nosso país".
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