Secções
Entrar

Trump admite recuar nas taxas alfandegárias do aço

05 de março de 2018 às 14:50

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu retirar a proposta sobre tributação das importações de aço e alumínio se for alcançado um acordo comercial justo com o México e o Canadá.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu hoje retirar a proposta sobre tributação das importações de aço e alumínio se for alcançado um acordo comercial justo com o México e o Canadá.

1 de 3
Foto: Dimitar Dilkoff/AFP/Getty Images
Foto: MICHAEL REYNOLDS/EPA
Foto: Lukas Schulze/Getty Images

"Temos grandes défices comerciais com o México e o Canadá. O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (TLCAN), que está sob negociação agora mesmo, tem sido um mau acordo para os Estados Unidos. Enormes deslocalizações de empresas e trabalhos", escreveu o líder norte-americano numa mensagem no Twiter.

Trump, que ameaçou no final da semana passada impor elevadas taxas alfandegárias, acrescentou que "as tarifas sobre o aço e alumínio só serão retiradas se for assinado um novo e justo TLCAN", um acordo que está em vigor desde 1994.

O presidente norte-americana não deu mais detalhes, nomeadamente sobre a possibilidade se alarga a mais países, e quais.

A mensagem de Trump coincide com o fecho da última ronda de negociações sobre o TLCAN que tem lugar hoje na Cidade do México, com a presença dos principais negociadores dos três países.

Na semana passada os Estados Unidos anunciaram que vão impor uma taxa alfandegária de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio para proteger a indústria nacional, numa iniciativa que mereceu a crítica da generalidade da comunidade internacional, preocupada com a possibilidade de respostas semelhantes por parte de outros países.

Europa critica proteccionismo
Já hoje, o Governo alemão reafirmou que as políticas de "isolamento" e de "proteccionismo" dos EUA são "o caminho errado" e insistiu que uma guerra comercial não beneficia ninguém.

"Não queremos uma escalada na situação e muito menos uma guerra comercial" que não beneficia a Alemanha, a Europa e os Estados Unidos", vincou o porta-voz do Governo alemão, Steffen Seibert, reiterando que a redução dos obstáculos comerciais "não se alcança mediante ameaças".

Nas declarações, o porta-voz de Angela Merkel salientou que a chanceler "sempre defendeu uma redução dos obstáculos comerciais, concretamente através de um acordo comercial transatlântico".

Também hoje o Presidente da França, Emmanuel Macron, disse que se as medidas proteccionistas [dos EUA] foram confirmadas, "é importante que a União Europeia reaja rapidamente e de maneira proporcional".

Durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro do Quebeque, Macron acrescentou que "é claro que as medidas seriam uma violação das regras da Organização Mundial do Comércio; a União Europeia teria então o direito, e seria esse o desejo da França, de meter uma acção na OMC e tomar as contra-medidas apropriadas" relativamente aos norte-americanos.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela