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Tensão entre ministro e trabalhadores da Infraestruturas de Portugal em Valença

26 de abril de 2021 às 13:24

O ministro Pedro Nuno Santos rejeitou a acusação da Comissão de Trabalhadores (CT) de não a receber e ouvir. Trabalhadores exigem aumentos.

O ministro das Infraestruturas protagonizou hoje uma acesa troca de palavras com membros da Comissão de Trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), que exigiam a valorização profissional à chegada do comboio elétrico a Valença, distrito de Viana do Castelo.

O ministro Pedro Nuno Santos rejeitou a acusação da Comissão de Trabalhadores (CT) de não a receber e ouvir, dizendo que deve ser dos ministros que mais se reúne com os sindicatos.

Já Fernando Semblano, porta-voz dos trabalhadores, disse que o ministro não estava a ser "correto".


"Desde 2009 que não temos aumentos salariais, que nos empurram com a barriga para as Finanças e para as Infraestruturas. Não podemos aceitar mais isto", disse.

Segundo o representante da CT, são cerca de 3.800 trabalhadores que "não são valorizados e que não foram integrados no plano de vacinação contra a covid-19".

Antes da troca de palavras, o primeiro-ministro, António Costa, à chegada a Valença, dirigiu-se à delegação de trabalhadores, recebeu o manifesto que distribuíam e remeteu os trabalhadores para uma reunião com o presidente da IP, presente na inauguração da Linha do Minho.

Esta manhã, na estação ferroviária de Valença, a manifestação da CT da Infraestruturas de Portugal estava já à espera da chegada do primeiro-ministro, com 't-shirts' pretas nas quais se lia "Respeito pelos trabalhadores".

"Inaugurar obras com o suor dos outros é fácil, mas também deveria ser ético, pelo que quem nos governa tem de reconhecer e valorizar os trabalhadores que estiveram sempre presentes para que esta e outras inaugurações pudessem ser uma realidade", lê-se numa nota distribuída pela CT à comunicação social no local.

A modernização e eletrificação da Linha do Minho, entre Nine, no distrito de Braga, e Valença, no distrito de Viana do Castelo, representou um investimento de 86,4 milhões de euros, inserido no Plano de Investimentos Ferrovia 2020 e cofinanciado pelo programa Compete 2020.

A modernização da Linha do Minho foi anunciada em 2011, depois de afastada a possibilidade de encerramento da ligação ferroviária internacional entre a cidade do Porto e Vigo, na Galiza.

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