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Seguro defende que Marcelo deve chamar Montenegro para reunião

Lusa 03 de março de 2025 às 16:51

Na opinião do antigo líder do PS, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro "não podem ter estados de alma" porque "em primeiro lugar está Portugal".

O antigo líder socialista António José Seguro defendeu hoje que o Presidente da República deveria chamar o primeiro-ministro para uma reunião em Belém, alegando que ninguém deve "ter estados de alma" e o momento exige liderança firme.

Ricardo Pereira/Sábado

O socialista que está a ponderar uma candidatura presidencial às eleições de 2026 recorreu às redes sociais para se referir à atual situação política nacional, afirmando que, "tal como a maioria dos portugueses", não gosta do que vê.

"O momento exige transparência e liderança firme para que os portugueses não percam ainda mais a confiança na política e nas instituições da democracia. Sugiro ao Presidente da República que chame a Belém o Primeiro-Ministro", defendeu.

Recorrendo à Constituição, Seguro lembra que "o Governo é responsável perante o Presidente da República e a Assembleia da República".

"A ser verdade o que leio na imprensa de que o Presidente da República e o primeiro-ministro não falam desde o final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de sábado passado, e consequentemente da declaração ao país do primeiro-ministro, esta reunião justifica-se com mais premência", sustentou.

Na opinião do antigo líder do PS, Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro "não podem ter estados de alma" porque "em primeiro lugar está Portugal".

De acordo com a SIC, o Presidente da República não foi ouvido por Luís Montenegro no dia da declaração ao país, tendo o chefe do executivo ligado para o Palácio de Belém cerca de meia hora depois de se ter dirigido ao país, mas então Marcelo Rebelo de Sousa já não atendeu.

"O primeiro-ministro tem direito de não ligar mas podia ouvir a minha opinião", cita a estação de televisão.

No sábado à noite, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, admitiu avançar com uma moção de confiança ao Governo se os partidos da oposição não esclarecessem se consideram que o executivo "dispõe de condições para continuar a executar" o seu programa, após ter sido noticiado que a Spinumviva, empresa detida pela sua mulher e filhos, recebe uma avença mensal de 4.500 euros do grupo Solverde.

Pouco depois, o PCP anunciou que iria apresentar uma moção de censura ao Governo - texto que já foi conhecido no domingo - defendendo que "não está em condições de responder aos problemas" de Portugal e "não merece confiança", mas sim censura.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse que não iria viabilizar a moção de censura do PCP, considerando que os comunistas tinham "mordido o isco lançado pelo Governo", mas afirmou que, se o Governo apresentar uma moção de confiança, o PS a chumbaria, frisando que não tem confiança no executivo de Luís Montenegro.

"O PS não quer instabilidade, o PS quer esclarecimentos que são devidos a todos os portugueses", disse.

Depois destas declarações, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse que, caso a moção de censura anunciada pelo PCP seja rejeitada no parlamento, "não há uma justificação" para o Governo apresentar uma moção de confiança.

Já no domingo, o Livre pediu uma audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, por considerar que está em causa o regular funcionamento das instituições, com um "Governo que não está nem morto, nem vivo".

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