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Presidente da República visita a ilha de São Jorge na Páscoa

06 de abril de 2022 às 19:31

São Jorge enfrenta uma crise sismovulcânica desde do dia 19 de março. Marcelo Rebelo de Sousa e José Manuel Boleiro vão viajar até à ilha durante a Páscoa.

O Presidente da República e o presidente do Governo dos Açores deslocam-se a São Jorge na Páscoa, na sequência da crise sismovulcânica iniciada a 19 de março naquela ilha do arquipélago açoriano, anunciou hoje o chefe do executivo regional.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma cerimónia no Palácio de Sant'Ana, José Manuel Boleiro indicou que, a 14 e 15 de abril, quinta-feira e sexta-feira Santa, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai acompanhá-lo numa visita à ilha de São Jorge, que está com o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção".

Bolieiro revelou ainda que se vai reunir com o Núcleo de Empresários de São Jorge, lembrando ter dito que "não estaria indiferente a preparar, caso se mostrasse necessário" medidas para apoiar o tecido empresarial, dependendo se a crise fosse de curta ou longa duração.

José Manuel Boleiro destacou os condicionalismos económicos ainda associados à pandemia da covid-19, a par da intervenção militar russa na Ucrânia e da crise sismovulcânica, referindo que o executivo açoriano está "atento", tendo "refletido sobre esta matéria em sede do Conselho do Governo".

"Lidaremos depois com os factos e, desde logo, com aquilo que corresponde à comprovada perda de rendimentos subsequente e consequente à situação sismovulcânica, que agora ocorre e geradora de uma crise", afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve a 27 de março na ilha de São Jorge, acompanhado pelo presidente do Governo Regional dos Açores, tendo visitado estações de acompanhamento da crise e assistido a um 'briefing' do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

O líder dos empresários de São Jorge, Mário Veiros, alertou terça-feira que há empresas na ilha que podem fechar se não forem adotadas "medidas urgentes" para mitigar os impactos económicos da crise sísmica.

"No caso do turismo, há uma série de serviços turísticos que são unipessoais, no máximo com duas pessoas, que prestam serviços de turismo de aventura, entre outros, e que se perderão, porque não faturam devido a terem tido o último cliente em outubro", refere o presidente do Núcleo de Empresários de São Jorge, em declarações à Agência Lusa.

A ilha de São Jorge, nos Açores, contabilizou mais de 27.620 sismos, 229 dos quais sentidos pela população, e dois abalos vulcanotectónicos, desde o início da crise sismovulcânica a 19 de março, segundo os dados oficiais mais recentes.

O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março.

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