Portugueses criam app para diabéticos
Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro desenvolveram uma plataforma eletrónica que apoia a prescrição de exercício físico a doentes com diabetes
A plataforma foi desenvolvida no âmbito do projectoDiabetes em Movimentoque está a ser implementado em Vila Real e que visa promover o exercício físico e combater o sedentarismo, um dos factores de risco para doentes com diabetes.
Em parceria com a empresa Tecnimede, os investigadores da UTAD anunciaram hoje que desenvolveram uma plataforma electrónica que "responde às necessidades clínicas destes doentes".
O objectivo é ainda auxiliar os profissionais de saúde, especialmente dos cuidados de saúde primários, na promoção de estratégias de exercício físico de baixo custo e elevada aplicabilidade, adaptadas às principais características e doenças desta população.
"Apesar de a actividade física fazer parte de todos os algoritmos internacionais de abordagem e tratamento da diabetes tipo dois, a maioria desta população não pratica exercício físico de forma regular", afirmou, em comunicado, o coordenador do projecto, Romeu Mendes.
As características dos doentes, alguns já de idade avançada, e da própria doença tornam, segundo o investigador, "o aconselhamento e a prescrição de exercício físico uma tarefa que muitas vezes se revela complexa e difícil".
Segundo Romeu Mendes, nesta plataforma estão disponíveis três estratégias de exercício aeróbico (baseadas na marcha), 32 exercícios resistidos (realizados apenas com recurso a uma cadeira, dois pesos livres e uma bola de ginástica), nove exercícios de flexibilidade, e várias recomendações que podem ser seleccionadas de acordo com as necessidades.
Esta plataforma vai ser apresentada no 12.º Congresso Português de Diabetes, que decorre entre quinta-feira e sábado, em Vilamoura.
O programaDiabetes em Movimentofoi lançado em 2014 e junta médicos, enfermeiros e investigadores do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e UTAD.
O objectivo é fazer investigação e concretizar um programa de exercícios específicos para doentes com diabetes tipo dois que são monitorizados pelos alunos da academia transmontana.
A ideia é também fazer intervenção comunitária, ou seja, através deste programa de exercício educar a própria comunidade para a importância da prática de exercício de uma forma geral.
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