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Palestiniano morto e 45 feridos pelas forças israelitas

11 de maio de 2018 às 19:24

Palestinianos manifestavam pela sétima sexta-feira consecutiva junto à vala de separação entre a Faixa de Gaza e Israel.

Um palestiniano foi esta sexta-feira morto e 45 ficaram feridos por tiros do exército israelita, quando se manifestavam pela sétima sexta-feira consecutiva junto à vala de separação entre a Faixa de Gaza e Israel, informou o ministério da Saúde de Gaza. A vítima mortal foi atingida a tiro em Khan Yunis, sul do território, e um dos cinco pontos onde desde 30 de março e até 15 de maio estão a ser convocadas concentrações da designada "Grande Marcha do Regresso".

Cerca de 167 pessoas foram assistidas pelas equipas médicas, 45 feridas por balas reais, indicou o ministério. O exército judaico informou que cerca de 5.000 palestinianos participaram nos protestos desta sexta-feira, considerados "violentos, e onde se queimaram pneus e lançaram pedras contra as tropas israelitas" que estão próximas da vala de segurança. O comunicado militar também indica que foram lançados objectos incendiários com o objectivo de queimar áreas do território israelita.

"O exército está a responder com meios anti-distúrbios e abre fogo de acordo com as regras de confrontação", indica o comunicado militar. Esta sexta-feira cumpriu-se a sétimo e última sexta-feira de protestos antes das convocatórias para segunda-feira contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, quando Israel celebra os 70 anos da sua criação, e de terça-feira, quando os palestinianos evocam a Nakba (Catástrofe em árabe), na sequência das vastas operações de limpeza étnica e assassinatos cometidos por grupos militares e paramilitares judaicos que antecederam e se sucederam à fundação no novo Estado.

"Os próximos dias serão decisivos na história da nossa gente", disse esta sexta-feira o chefe-adjunto do movimento islamita Hamas em Gaza, Jalil al Hayah. O exército israelita repetiu que "não permitirá que a sua infraestrutura de segurança seja danificada e continuará cumprindo da forma que considerar necessária a sua missão de defender e garantir a segurança dos cidadãos de Israel e a soberania israelita".

Desde o início dos protestos da "Grande Marcha do Retorno" já foram mortos 52 palestinianos junto à fronteira de Gaza com Israel. Os manifestantes denunciam ainda o prolongado bloqueio imposto por Israel e Gaza e exigem o regresso dos refugiados às suas antigas terras.

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