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Montenegro rejeita aproximação ao Chega e invoca "normalidade do regime democrático"

Lusa 22 de setembro de 2022 às 17:52

Luís Montenegro relembrou que desde o 25 de abril que a mesa da Assembleia da República "é composta por um presidente e quatro vice-presidentes representantes das quatro maiores forças políticas" e desafiou os jornalistas a perguntar ao PS por que motivo "não cumpre as regras da democracia".

O líder do PSD recusou esta quinta-feira que a orientação dada à bancada parlamentar para apoiar a candidatura do Chega a vice-presidente da Assembleia da República signifique qualquer "aproximação política" àquele partido, invocando a "normalidade do regime democrático".

ESTELA SILVA/LUSA

"Não tem a ver com nenhuma aproximação política, com nenhum tipo de afinidade política, mas com o respeito das instituições, da democracia e da vontade do povo. É cumprir o que a democracia exige aos representantes populares. O PSD votou, no passado, os candidatos do PCP, do BE, do CDS. Fê-lo por respeito ao povo, às escolhas do povo", afirmou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, antes de uma visita ao Nonagon, Parque da Ciência e Tecnologia de São Miguel, nos Açores, no âmbito do primeiro encontro interparlamentar do partido nos Açores.

O presidente do PSD vincou tratar-se de uma "questão de normalidade do regime democrático", lembrando que desde o 25 de abril [de 1974] que a mesa da Assembleia da República (AR) "é composta por um presidente e quatro vice-presidentes representantes das quatro maiores forças políticas com representação parlamentar, aqueles que o povo quis escolher".

"Dei uma orientação ao grupo parlamentar no sentido de votarmos favoravelmente a proposta do Chega para esse lugar e o mesmo em relação à Iniciativa Liberal, que ainda não apresentou candidato. Estamos com igual propósito relativamente às duas candidaturas", observou.

Recusando "infantilizar a discussão política", Montenegro desafiou os jornalistas a perguntar ao PS por que motivo "não cumpre as regras da democracia".

"O PS governou com o PCP e o BE e não foi por isso que PSD deixou de viabilizar os representantes desses partidos na mesa da assembleia", recordou.

O líder parlamentar do PSD, Miranda Sarmento, apelou hoje aos deputados sociais-democratas que votem a favor do candidato apresentado pelo Chega a vice-presidente da Assembleia da República, invocando a "prática parlamentar" que atribui esse cargo aos quatro partidos mais votados.

O Chega levará hoje a votos o deputado Rui Paulo Sousa, sendo a terceira vez que este partido apresenta candidato para a vice-presidência da mesa da Assembleia da República, depois de terem sido rejeitados os deputados Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro no início da legislatura.

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