Homem acusado de gerir site que vendia dados de cartões de crédito
Suspeito ganhou mais de 680 mil euros, valor pago em moeda digital. Foi detido pela PJ em colaboração com o FBI.
O Ministério Público (MP) acusou um homem de administrar um 'site' exclusivamente destinado à comercialização de dados ilícitos, nomeadamente credenciais de cartões de crédito, refere hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto.
Na sua página oficial, a procuradoria adianta que o arguido, natural da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), residiu em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, entre 2018 e 2023, ano em que foi detido, a partir de onde administrava, em conjunto com outras pessoas, um 'site' conhecido por Verified Fórum.
O 'site', segundo o MP, destina-se, "exclusivamente, à comercialização de variados conteúdos ilícitos de 'malware' ['software' malicioso], de bases de dados de informação pessoal e de meios de pagamento, designadamente de contas bancárias e credenciais de cartões de crédito".
"Nessa qualidade, o arguido fomentava e mediava transações de programas e dados informáticos obtidos de forma fraudulenta, integrando uma rede de pessoas destinada à prática de crimes em domínio digital e de forma tendencialmente anónima, composta por mais de 89 mil membros", salienta.
Desta forma, o suspeito ganhou mais de 680 mil euros, valor pago em moeda digital, que o MP requereu que fosse perdido a favor do Estado.
O arguido, em prisão preventiva -- medida de coação mais gravosa -, está acusado pela prática dos crimes de associação criminosa, sabotagem informática, acesso ilegítimo, atos preparatórios de contrafação, aquisição de cartões ou outros dispositivos de pagamento obtidos mediante crime informático e branqueamento.
De acordo com a edição doJornal de Notíciasde 17 de julho de 2023, o suspeito, de 43 anos, que entretanto obteve nacionalidade portuguesa, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ), em colaboração com o FBI.
O arguido terá, ainda segundo o diário, vendido dados de cartões de crédito de 1.000 pessoas, sendo a maioria das vítimas portuguesas.
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