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Henrique Neto diz que subida do salário mínimo "não é tragédia"

20 de maio de 2015 às 10:50

Henrique Neto disse que o aumento do salário mínimo nacional não era uma tragédia para a economia portuguesa

O candidato presidencial Henrique Neto afirmou esta terça-feira que o aumento do salário mínimo nacional "não é uma tragédia para a economia", e defendeu que não aumentar o vencimento é um motivo para as empresas não se modernizarem.

"Eu nem sequer compreendo que possa haver um drama tão grande no país e um debate tão grande com um aumento tão pequeno do salário mínimo", disse esta terça-feira à Lusa Henrique Neto no final de uma reunião com a União Geral de Trabalhadores (UGT), em Lisboa.

Henrique Neto, que apresentou a intenção de se candidatar à Presidência a República em Março, acrescentou que "aumentar o salário mínimo dentro da razoabilidade que a UGT propõe [para 525 euros] é um factor de modernização da economia não é uma tragédia para a economia como muitos querem fazer crer", sublinhando que "não é o aumento do salário mínimo que vai prejudicar a competitividade das empresas".

O antigo deputado do PS reiterou ainda que "ao reduzir-se ao máximo o factor do trabalho está, no fundo, a dar-se incentivos à economia para não se modernizar, para não melhorar os métodos de produção, para não melhorar as suas condições de competitividade".

"É preciso que os partidos políticos e os próprios dirigentes políticos se comprometam com políticas de crescimento da economia, sem as quais o país não tem solução. Não é encolhendo, não é empobrecendo que nós vamos sair da crise, que pagamos a dívida, é através do crescimento económico", acrescentou.

Sobre a reunião com o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, Henrique Neto disse que teve como objectivo ouvir a análise que esta central sindical faz sobre o ano eleitoral, quais as perspectivas sobre o futuro ao nível da economia, crescimento económico, direitos dos trabalhadores e o desemprego, que o candidato considera "uma questão central que o país enfrenta neste momento".

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse à Lusa que transmitiu a Henrique Neto as "preocupações que a UGT fez verter para o guião da legislatura", destacando a revalorização do trabalho.

"Há aqui um candidato à Presidência da República que quer ser, segundo nos foi transmitido, uma pessoa que ganhando as eleições quer ser um órgão interventivo, um órgão que respeita a separação de poderes, um órgão que tem a capacidade de dizer ao Governo que não vai por aí, que o Presidente da República não será um amorfo, não será um inquilino do palácio de Belém. Naturalmente que a UGT compreende que um candidato com estes instintos, com este sentir, é um candidato importante para o mundo do trabalho", afirmou o líder da central sindical.

Carlos Silva ressalvou ainda que "algumas propostas do candidato estão em linha com algumas propostas da UGT".

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