FC Porto treme mas reviravolta garante os três pontos
Marcelo abriu o activo para os vila-condenses, mas os "azuis e brancos" reagiram com os golos dos mexicanos Corona e Herrera e do ponta-de-lança André Silva. "Dragões" conquistam a primeira vitória do campeonato
O FC Porto venceu esta sexta-feira o Rio Ave, por 3-1, na partida inicial da I Liga, em que "dragões" tiveram de operar a reviravolta no marcador. Depois de Marcelo ter aberto activo para os vila-condenses, os "azuis e brancos" reagiram com os golos dos mexicanos Corona e Herrera, o primeiro antes do intervalo, e do ponta-de-lança André Silva, na recarga a uma grande penalidade.
Na estreia em jogos oficiais como técnico dos portistas, Nuno Espírito Santo apresentou dois reforços no "onze" inicial - os defesas Felipe e Alex Teles - promovendo, também, a titularidade do regressado Otávio. Com Brahimi e Aboubakar ausentes deste jogo, destaque, ainda, nas opções do treinador dos "dragões", para a chamada, ao banco, do reforço belga Depoitre e do também regressado Adrian Lopez, que acabaram por ser utilizados na segunda parte.
No outro lado, o técnico Nuno Capucho, que se estreou no comando de uma equipa da I Liga, optou por manter base da equipa que alinhou na terceira eliminatória da Liga Europa - onde o Rio Ave foi afastado pelo Slávia de Praga -, apostando nos reforços Nadjack, Rúben Ribeiro e Gil Dias.
O início da partida não escondeu algumas debilidades no entrosamento dos dois conjuntos, precipitando um futebol algo amorfo, em que ambas as equipas não arriscavam na procura da baliza contrária.
Assim, só depois do quarto de hora se assistiu aos primeiros remates. Primeiro para o Rio Ave, por Tarantini, que Casillas segurou, e, depois, por Maxi, mas sem a melhor pontaria.
Nesta fase, o FC Porto mostrava-se mais pressionante, mas sem conseguir abrir brechas na rotinada defesa da casa, que até mostrava pulmão para, várias vezes, iniciar os contra-ataques com que o Rio Ave ia colocando o adversário em sentido.
Acabou, no entanto, de ser de bola parada que o primeiro golo surgiu, e para os locais, quando, aos 36 minutos, um canto apontado por Heldon e desviado de cabeça por Marcelo, surpreendeu os "azuis e brancos", que concederam muito espaço ao defesa dos vila-condenses.
A vantagem da equipa de Nuno Capucho acabou por ser fugaz, porque, quatro minutos depois, foi o FC Porto aproveitar alguma passividade da defesa vila-condense, quando permitiu que Corona recebesse uma assistência de André Silva, e rodasse para rematar.
O mexicano teve, ainda antes do intervalo, oportunidade para "bisar", mas viu o seu remate ser devolvido pelo poste, mantendo o 1-1 com que se chegou ao final da primeira parte.
O período descanso acabou por fazer bem aos 'dragões', que surgiram com ambição renovada, e sete minutos após o reatamento, operaram a reviravolta, com um remate indefensável de Herrera, após assistência de Otávio.
O segundo tento dos "dragões" desestabilizou o Rio Ave, que apesar de ainda ter visto o inconformismo de Gil Dias permitir defesa apertada de Casillas, acabaria, aos 58 minutos por sofrer o terceiro golo.
Marcelo foi imprudente na forma como tentou travar uma escapada de Otávio, e acabou por cometer falta para grande penalidade e ver o vermelho directo.
Na cobrança de castigo, André Silva, ainda permitiu que Cássio defendesse um primeiro remate, mas foi letal na recarga, assinando o 3-1.
A jogar com menos um elemento o Rio Ave quebrou, e só "regressou" ao jogo quando o defesa dos "azuis e brancos" Alex Telles também recebeu ordem de expulsão, por acumulação de amarelos, após atingir Héldon na cara.
No entanto, e apesar da igualdade numérica, o FC Porto manteve o jogo controlado, dando azo a que a Nuno Espírito Santo fizesse estrear o ponta-de-lança belga Depoitre e dar oportunidade para o espanhol Adrian Lopez voltar a jogar na I Liga.
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