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Disney junta-se à Netflix, Warner Bros. e redes sociais no boicote à Rússia

01 de março de 2022 às 10:28

Invasão russa da Ucrânia motivou decisões de grandes empresas do ramo do audiovisual.

A Disney anunciou esta segunda-feira que não vai lançar novos filmes na Rússia devido à invasão da Ucrânia.

"Dada a invasão não provocada da Ucrânia e a trágica crise humanitária faremos uma pausa no lançamento dos nossos filmes na Rússia", informou, em comunicado.

A empresa acrescentou que "tomaria futuras decisões empresariais" à medida que a situação evolui e prestaria ajuda humanitária através de organizações não-governamentais parceiras.

Imediatamente após o anúncio da Disney, a Warner Bros. disse que vai cancelar a estreia russa de "The Batman", marcada para sexta-feira.

Já a Netflix confirmou na segunda-feira que não vai cumprir a nova lei audiovisual da Rússia, que exigia à plataforma incluir cerca de 20 canais públicos para operar no país.

A legislação, prevista para entrar em vigor hoje, exige que a Netflix e outros serviços audiovisuais transmitam conteúdos de meios de comunicação social associados ao Kremlin, tais como o Canal Um, a rede de entretenimento NTV e o Canal da Igreja Ortodoxa.

O anúncio da Netflix veio horas depois da empresa tecnológica Meta confirmar que irá restringir o acesso nas redes sociais - que incluem Facebook, Instagram e WhatsApp - ao canal RT e à agência Sputnik, meios de comunicação social controlados pelo Governo russo, a pedido da UE.

O Twitter, outra rede social norte-americana, também anunciou na segunda-feira que irá acrescentar um aviso às ligações de partilha de mensagens e notícias dos meios de comunicação social controlados pelo Kremlin e também tentar reduzir a circulação na plataforma.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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