Secções
Entrar

Chega vai recorrer do pedido do Ministério Público para invalidar atos do partido

08 de setembro de 2021 às 13:57

O Ministério Público (MP) pediu ao Tribunal Constitucional (TC) que invalide todos os atos do Chega desde o congresso de Évora, em setembro de 2020, após considerar a convocatória ilegal.

O partido Chega vai recorrer do pedido do Ministério Público, feito ao Tribunal Constitucional (TC), para invalidar todos os atos desde o seu congresso de Évora, em 2020, anunciou esta quarta-feira o líder, André Ventura.

André Ventura confirmou a notificação do Ministério Público (MP), que sublinhou ser uma "decisão do MP e não do TC", que o Chega "contesta".

"Diz o MP que na convocatória que foi feita para os militantes participarem no segundo congresso do partido, em setembro de 2020, não foi indicado que iam ser alterados os estatutos e que isso colocaria agora todo o edifício jurídico e estatutário em causa. Ora, um dos elementos que vinha na convocatória era das moções. No regulamento do congresso falava-se em moções estatutárias e políticas, ficando claro a possibilidade de fazer alterações aos estatutos", referiu o líder do Chega.

O Ministério Público (MP) pediu ao Tribunal Constitucional (TC) que invalide todos os atos do Chega desde o congresso de Évora, em setembro de 2020, após considerar a convocatória ilegal, confirmou na terça-feira à agência Lusa fonte do partido.

A confirmação do Chega surge depois de a TVI ter adiantando que o MP considera "que todos os atos do partido desde há um ano são ilegais, a começar pelas alterações aos estatutos -- como a criação dos cargos de secretários-gerais e da comissão de ética".

De acordo com a TVI, o MP refere que alteração de estatutos não ficou clara na convocatória, o que não podia acontecer.

"Se a proposta do MP colher junto dos juízes, o Chega terá que avançar para um congresso extraordinário", acrescenta a TVI.

André Ventura, que falava no concelho da Lagoa, na ilha de São Miguel, nos Açores, à margem de uma ação de campanha no Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel (NONAGON), referiu que na sua leitura "se for uma questão estatutária e não de lei, trata-se, não de uma nulidade, mas de uma anulabilidade", o que significa que "teriam que ser os militantes do Chega a ter colocado em causa isso".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela